sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O GALPÃO MISTERIOSO

PCrônica.com
PAULO CESAR BRITO-POETA/ESCRITOR AREIABRANQUENSE
Era um galpão triste no fim da vista dum cercado para as bandas da salina pertencente a Renato. Ali por traz da Escola Especial, não que se diga fosse tristeza soturna, pois era a tristeza comum das coisas solitárias. As portas sempre fechadas, com se ali não morasse ou trabalhasse ninguém.
A caminho do beco do carago, hoje a Rua Francisco da Silveira Martins, em um bairro residencial por nome de Cohab, quando me dava na veneta de ir mais um grupo de amigos, tomar banho nas portas d’água da salina aos domingos, me chamava atenção aquele velho galpão rodeado de silêncios, tão longe aos meus olhos de menino, que parecia plantada na linha do horizonte. Parte dos meninos dizia que ali habitava um homem que virava lobisomem em noite de lua cheia. Sempre me tocou a curiosidade do mistério, tinha vontade de vê-lo perto. Mas tinha medo. Era ali naquele galpão de tabuas, cinzentas pelo tempo, que se reuniam os salineiros todas as madrugadas para bater e retirar o nosso ouro branco o “sal”. E onde eram guardadas as ferramentas dos velhos desbravadores das salinas.
Sabia disso porque seu Pedro Bernardo, um velho salineiro e pai de um grande amigo meu de infância de nome Dedé, falava daquele velho galpão solitário. Eu ficava ali do lado ouvindo as conversas. Tinha vontade de perguntar a seu Pedro se naquele galpão triste, realmente tinha um homem que virava lobisomem. Mais quem disse que menino naquele tempo se metia em conversa de gente grande, minha mãe, então. Não permitia que puxasse conversa com os mais velhos, menino deveria era conversar com meninos. Essas coisas dos costumes de outrora. Pedir benção, aos mais velhos, e pronto, saísse dali. Menino só conversava besteira.
Um dia, já bem taludo, criei coragem junto a outros amigos mais afoitos que eu, e fomos conhecer aquele galpão de perto. Quis voltar do meio do caminho, mas criei coragem e continuei a caminhada rumo ao galpão. A solidão acentuada pelos cantos perdido das gaivotas e marrecas, o medo me tocou conta da imaginação, confesso-lhe. A distancia parecia que aumentava, e a tristeza do galpão ficava a cada passo mais triste. Chegando lá no galpão, encontramos as portas abertas e lá dentro somente ferramentas como, pá, chibanca, picareta, carro de mão, cantis d’água vazios, pertencentes aos salineiros, além de um monte de peças de ferro já corroído pela ferrugem dos veículos que prestava serviço àquela grande salina.
Hoje, derrubaram aquela porta d’água, que era o nosso point de encontro de felicidades aos domingos e quando era época de inverno em Areia Branca. Eu nunca mais pisei o chão onde se encontra aquele velho galpão, que para mim até hoje, ainda é misterioso.
Postado Por:Paulo Cêsar Brito


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PORTO ILHA AREIA BRANCA-RN -Em 1974 foi inaugurado o porto-ilha de Areia Branca, o principal escoadouro do sal produzido no Rio Grande do Norte para o mercado brasileiro. Situado 26 quilômetros a nordeste da cidade e distante da costa cerca de 14 milhas, consiste em um sistema para carregamento de navios com uma ponte em estrutura metálica com 398m de comprimento. O cais de atracação das barcaças que partem de Areia Branca tem 166m de extensão e profundidade de 7m. Ali o sal é descarregado para estocagem em um pátio de 15.000m2 de área e capacidade para 100.000t. O porto-ilha movimenta em média 7000 toneladas de sal por dia.

MINHA CIDADE -

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança