sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Tiririca deve ir ao STF devido a dúvida se ele pode ou não ser deputado
A defesa do deputado que recebeu 1,3 milhão de votos, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR), já definiu as estratégias que farão com que o palhaço escape da Justiça Eleitoral paulista e seja diplomado em 17 de dezembro sem enfrentar o teste para comprovar se ele realmente sabe ler e escrever. A tática é simples e bem comum no meio jurídico: os advogados vão usar todos os prazos na expectativa de que a ação movida pelo Ministério Público chegue ao Supremo Tribunal Federal (SFT), órgão encarregado de julgar deputados federais.
O promotor que acusa o palhaço de ter burlado a Justiça Eleitoral, Maurício Lopes, já está ciente da estratégia e prometeu se empenhar ao máximo para “pegar” o deputado eleito. “Advogado é sórdido. (...) Mas, se eu fosse advogado do Tiririca, também protocolaria a defesa dele às 18h50, 10 minutos antes de o fórum fechar”, disse Lopes. O promotor acusou Tiririca de analfabeto logo depois da eleição e disse que essa condição o impede exercer o mandato. O deputado eleito teria até amanhã para apresentar a sua defesa. Como se trata de um sábado, o prazo foi estendido para a próxima segunda-feira.
Enquanto Tiririca não se manifesta, o Ministério Público age. Para tentar enquadrar o palhaço, Maurício Lopes pesquisou com educadores brasileiros e estrangeiros o conceito de analfabetismo. “O entendimento, até agora, é que ele tem que ler, escrever e interpretar um texto, e não somente reproduzir aquele pedido de candidatura que está no Tribunal Regional Eleitoral”, ressalta o promotor. Uma funcionária que trabalhou na campanha de Tiririca admitiu que ele não sabe ler com desenvoltura, mas garantiu que ele não é 100% analfabeto. Ela disse que o Partido da República e políticos que foram beneficiados pela expressiva votação do palhaço estão custeando aulas integrais com professores gabaritados. “Já conversei com diversos especialistas. É impossível alguém ser alfabetizado tão rapidamente. Ainda mais, sob pressão”, desafia o promotor.
É justamente a pressão exercida pelo Ministério Público que vai ser questionada pela defesa de Tiririca. Uma advogada do escritório que defende o palhaço disse que a ação do promotor mais humilha o deputado eleito do que tenta esclarecer qualquer dúvida sobre a escolaridade do acusado. O Correio apurou que os advogados também estão juntando casos de deputados estaduais e até mesmo de federais que exerceram seus mandatos sem escolaridade avançada.
Até a semana passada, o promotor Maurício Lopes batia na tecla de que nem era importante descobrir se Tiririca sabe ler e escrever. Segundo ele, o maior problema era que o documento que pedia a candidatura do deputado eleito, feito à mão, não tinha sido feito pelo candidato, apesar de ter a assinatura dele. Isso caracterizaria falsidade ideológica. Uma perícia do IML de São Paulo atestou que pelo menos três pessoas escreveram o texto. Mas um especialista em fraude eleitoral já advertiu o Ministério Público que não faz a menor importância se foi ou não o palhaço que escreveu o documento. “O que importa mesmo é o conteúdo”, admite hoje o promotor.
Como a tese da falsidade ideológica caiu por terra, o Ministério Público passou a investigar ainda mais a vida de Tiririca na intenção de descobrir elementos que possam inviabilizar a sua diplomação. A mais recente descoberta envolve a carteira de habilitação do deputado eleito. “Já está provado que é falsa, pois foi tirada numa cidade em que houve derrame de habilitações falsas e onde Tiririca nunca morou”, comemorou o promotor.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
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Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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