A comida para lá de típica está de cara nova. Colorida, mais nutritiva, mas com o mesmo sabor. E com vistas a assumir importante papel na merenda escolar. Não tem corante artificial. As tapiocas são coloridas do sumo vegetal de laranja, beterraba, melão, laranja, até couve e espinafre. Os nutrientes desses vegetais são incorporados na fécula da mandioca, e o colorido chama a atenção das crianças, principal alvo de uma ideia da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), que ganhou maior impulso no Ceará por meio do Instituto Agropolos e da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). Neste ano, prefeitos e coordenadores de Educação já estão interessados na novidade, que deverá ser impulsionada no segmento da agricultura familiar.
Foi uma forma de unir o útil ao agradável. A tapioca não é só um prato, é um elemento da cultura gastronômica nordestina. Visitar ou viver no Ceará e não comer tapioca é como morar na beira-mar e rejeitar peixe. Mas, sendo colorida, a tapioca desperta atenção da criançada. Verde do espinafre, amarela da laranja, cor creme da cebola, roxa da beterraba. "É difícil a criança querer comer beterraba, mas se ela gosta de tapioca, os nutrientes da beterraba são transferidos para a goma da mandioca, e sem deixar de ter gosto de tapioca", afirma Robertson Lima, coordenador regional do Instituto Agropolos no Vale do Jaguaribe. Nos chamados Territórios da Cidadania, o Agropolos tem levado para cozinheiras, merendeiras e tapioqueiras o curso de produção de tapiocas coloridas.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus