O período de matrícula em colégios particulares se aproxima e, como é habitual, as escolas da rede privada já começaram a trabalhar em cima das "planilhas inflacionarias", visando o reajuste dos valores cobrados por seus serviços, com base em previsões de quanto subirão as despesas, tais como remuneração de funcionários, impostos, taxas de energia, telefone e outros. Sempre superior ao valor da inflação (que este ano está entre 6% e 6,5%), as mensalidades significam para os pais ter que mexer no bolso para gastar ainda mais em 2012.O Sindicato das Escolas de Ensino Particular do Rio Grande do Norte ainda não divulgou qual será o percentual de reajuste para o próximo período letivo. Mas escolas ouvidas pelo Diário de Natal estimam que o aumento ficará entre 6% e 10%. Caso a previsão se confirme, a alta será inferior à de 2011, quando os preços subiram de 8% a 13%. "Esse aumento varia de escola para escola e é em função do investimento que cada instituição faz e dos custosque ela tem, sabendo que o valor de sua mensalidade estará congelado por 12 meses", frisa o presidente do sindicato, Alexandre Marinho.
Segundo ele, o sindicato não pode interferir nas decisões das escolas, nem determinar um percentual para as instituições aplicarem. Cada estabelecimento de ensino deve fazer seus cálculos, conforme determina a legislação. Entretanto, Alexandre afirma que o sindicato está apto para atender às escolas mediante o planejamento de gastos e conjuntura econômica, a fim de que os estabelecimentos estejam preparados na hora de bater o martelo sobre o aumento.
De acordo com dados do Sindicato das Escolas de Ensino Particular do RN, existem 325 escolas particulares em todo o estado. Dessas, apenas 174 estão filiadas ao sindicato, porém a assistência acaba sendo maior para as não filiadas que se encontram em regiões afastadas da capital.
O presidente afirma que cerca de 90% das escolas cobram valores de mensalidade inferiores ao percentual que deveriam cobrar, fazem pacotes de descontopara pais com mais de um aluno matriculado e ainda têm que atentar para a inadimplência. Outra situação que pode ocorrer é um bom preço para fidelizar o aluno mais antigo. "O percentual de devedores é considerável e a escola não pode cortar o aluno. É preciso atentar também para o aumento do salário dos professores, que deve ocorrer em março. Enfim, são muitos gastos que precisam ser contemplados", coloca Alexandre Marinho.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus