
A reboque de novo massacre em prisões brasileiras, com o assassinato de 56 pessoas dentro do maior complexo prisional do Amazonas, o governo federal anunciou nesta quinta-feira um pacote de Segurança, sem, contudo, apresentar metas ou prazos. Após se reunir com ministros, o presidente Michel Temer anunciou que serão construídos cinco novos presídios federais de segurança máxima para abrigar detentos perigosos, antecipando uma das medidas do Plano Nacional de Segurança, que ainda não foi debatido com governos estaduais. Em cada unidade haverá entre 200 e 250 novas vagas. Os gastos serão de cerca de R$ 200 milhões, ou até R$ 45 milhões por unidade. Antes de erguer novas cinco penitenciárias federais, o governo precisa, no entanto, terminar a quinta unidade do tipo no país, que começou a ser construída em Brasília, mas está atrasada. O edital do projeto foi lançado em 2013. A empresa responsável abandonou a obra, e a segunda colocada na licitação havia assumido o canteiro, após uma longa negociação, de acordo com o governo. A mesma promessa de construir cinco presídios federais foi feita pelo ex-presidente Lula no primeiro ano de governo, em 2003. Ele disse que todas as unidades estariam funcionando em 2006, mas a quarta e última prisão ativa só começou a operar em 2009. Problemas com terrenos, licitações e licenças são apontados como motivo para o atraso de mais de dez anos em relação à previsão inicial de finalização das unidades.
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