Ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo passou a sua segunda noite do Presídio Joaquim Ferreira, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Secretaria estadual de Administração Penitenciária, ela recebeu apenas seus advogados, até o momento. Ainda segundo a Pasta, Adriana passa bem e se alimenta normalmente.
Adriana está numa cela individual com seis metros quadrados. No espaço há uma beliche de alvenaria, além de um chuveiro, uma pia e um dispositivo sanitário no chão. Isso porque a unidade, que tem nove celas e 18 vagas, só está com sete internas.
O cardápio de almoço e jantar é composto por arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. Já no café da manhã foram servidos pão com manteiga e café com leite. O lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo.
No presídio, a ex-primeira-dama está vestida com blusa branca de calça jeans, como a maioria dos detentos. A blusa verde é usada para fazer as fotos de cadastro do preso no sistema prisional e também por aqueles que trabalham, o que não é o caso de Adriana.
Habeas corpus é negado
O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, negou, nesta quarta-feira, habeas corpus para a ex-primeira-dama. A defesa de Adriana também havia pedido que ela ficasse em prisão domiciliar, já que tem filhos de 10 e 14 anos.
Ex-primeira-dama se apresentou à Justiça Federal
Acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio, Adriana teve a prisão decretada pela Justiça Federal e se apresentou por volta das 17h desta terça-feira ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Isso aconteceu 19 dias após o marido Sérgio Cabral, apontado como chefe do grupo que desviou ao menos R$ 224 milhões em obras com diversas empreiteiras - como a reforma do Maracanã e do Arco Metropoliltano - em troca de aditivos em contratos públicos e incentivos fiscais.
O esquema com empreiteiras bancou uma vida de luxo para Cabral, Adriana e outros envolvidos. O dinheiro de propina pagou viagens internacionais, idas a restaurantes sofisticados, uso de lanchas e helicópteros e compras de joias.
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