Balanço apresentado pelo governo, na noite deste domingo, aponta 30% de abstenção no Enem, considerando os participantes de locais em que a prova não foi adiada. É o maior índice desde 2009, quando a proporção de faltosos chegou a 37,7%. No ano passado, a taxa foi de 25,5%.
Participantes eliminados, por infringir alguma regra de segurança, somaram 768, ante 740 registrados no ano passado. Do total, 641 acabaram desclassificados por descumprimento de regras gerais, 120 foram flagrados no detector de metais e 7 por recusa da coleta do dado biométrico.
Candidato umbandista comemora tema sobre intolerância religiosa
Com o tema de redação “Caminhos para o combate à intolerância religiosa no Brasil”, o Enem trouxe para a cena uma problemática muito vivida no país. Quem vive este tipo de intolerância no dia a dia, como o cearense e umbandista, Josevaldo Viana de Assis, de 36 anos, acredita que a escolha do tema foi surpreendente e bastante pertinente.- Quando peguei a prova e li o tema fiquei bastante surpreso. Nunca imaginei que fossem tocar neste assunto. Mas achei incrível, pois assim as pessoas se forçam a refletir e falar sobre essa problemática e a discutirem leis mais rigorosas para combater esse tipo de violência - avaliou o auxiliar administrativo, Josevaldo de Assis.
Valdo, como é conhecido popularmente, tentou o Enem pela segunda vez. Seu objetivo é conquistar uma vaga na faculdade de administração. Ele conta que gostou dos testes deste ano e que, diferente da maioria dos inscritos, achou a prova mais fácil do que a do ano passado.
Segundo o Censo 2010, realizado pelo Ibge, o total de umbandistas no país corresponde a 407.331 pessoas. Já no Ceará, os que adotaram a umbanda como religião somavam 7.158 mil pessoas. Segundo estudos e dados do Disque 100, as religiões de matriz africana são as que mais sofrem com a intolerância religiosa.
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