O secretário estadual de Saúde Pública, George Antunes, esteve nesta sexta-feira, 7, na Maternidade Almeida Castro para avaliar o processo de transferência do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. Na oportunidade, ele assegurou que a mudança não acarretará em perdas salariais para os funcionários do Hospital da Mulher, tampouco afetará a qualidade do atendimento prestado à população.
Segundo o secretário, a transferência dos serviços do Hospital da Mulher para a Almeida Castro se deu por determinação judicial, após audiência com juízes, representantes das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e promotores. “Houve o entendimento de juntar forças das duas unidades, a fim de melhorar a qualidade do serviço prestado”, frisa.
Ele explica que as instalações físicas da Almeida Castro têm condições para receber os serviços. Inclusive, o Conselho Regional de Medicina já fez uma inspeção no local e atestou que há segurança para o trabalho. Além disso, a junta interventora da Almeida Castro fiscalizará todos os procedimentos na unidade.
Ele destaca que hoje, a Almeida Castro realiza 600 partos por mês, e, com a vinda dos serviços do Hospital da Mulher, a capacidade operacional da unidade deverá aumentar em 30%. Também deverá haver uma ampliação no número de leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal, passando de 11 para 17 leitos.
Quanto aos profissionais que trabalham no Hospital da Mulher, ele revela que os servidores do Estado serão remanejados para outras unidades, enquanto que os profissionais das cooperativas médicas serão encaminhados para a Almeida Castro. “As mudanças não acarretarão em nenhum tipo de perda salarial”, reforça.
Ele destaca ainda que, por ter a Almeida Castro pactuação com a gestão municipal de Mossoró, a Sesap vai repassar à Secretaria Municipal de Saúde do Município um valor em torno de R$ 1 milhão, dos quais, R$ 430 mil serão para custeio dos serviços.
População protesta contra o fechamento do Hospital da Mulher
Na manhã desta sexta-feira, 7, foi realizada uma caminhada em protesto pelo fechamento do Hospital da Mulher Maria Parteira Correia. A mobilização envolveu diversas entidades e servidores da unidade.
Com cartazes pedindo para que a unidade não feche as portas, os manifestantes caminharam do Hospital da Mulher até a II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP). Na saída, os presentes realizaram um abraço simbólico no prédio que abriga o hospital.
Várias pessoas se mostraram insatisfeitas com a possibilidade de fechamento do hospital e fizeram discursos fortes contra o atual governo.
“O clima dos servidores e funcionários do hospital é de revolta. Não estamos sabendo de nada e o que ficamos sabendo é pela imprensa. Os partos e cirurgias não estão sendo feitos e somente a UTI neo está aberta”, disse a enfermeira Patrícia Helena, que ainda relatou que o hospital passa por desabastecimento.
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