As vaias da torcida no Estádio Mané Garrincha ao fim da partida de estreia contra a África do Sul não foram suficientes para diminuir o otimismo do técnico Rogério Micale, que enxergou bons momentos da seleção brasileira durante a partida, e lamentou — usando as palavras de Carlos Alberto Parreira — a ausência do gol, que classificou como “um detalhe”.
— As vaias, a pressão, são inerentes desde o início. Temos que tentar fazer o melhor, como sempre falamos. O apoio é muito importante para nossa equipe e para todos nós. A gente sabe que é difícil, qualquer tipo de competição hoje é importante, complicado — afirmou Micale. — O apoio vai facilitar, motivar os atletas. Temos que estar preparados.
Apesar do decepcionante 0 a 0 na partida de estreia, Micale destacou os esforços da equipe e a dificuldade imposta pelos sul-africanos.
— Está tudo em aberto. Fizemos um bom jogo, contra uma equipe bem postada, forte fisicamente, que jogou em velocidade — disse o técnico. — Quando tivemos um homem a mais, tivemos algumas chances, mas não foi possível marcar.
O técnico se mostrou otimista para as próximas partidas, apostando na evolução da equipe.
— Os jogadores são jovens, apesar de serem importantes e atuarem em grandes equipes. Quando temos a sensação de que não ganhamos e não jogamos o esperado por todos, lógico que sentimos um abatimento. Rapidamente vamos nos reerguer, saber que o torneio só se iniciou e por sorte está tudo empatado e tentar avançar — afirmou. — Temos duas partidas ainda para dar resposta da forma que esperamos, à expectativa que temos, e vamos fortalecer isso no próximo jogo. Importante é como termina, não como inicia o torneio. Podemos evoluir, avançar, vamos ver o que faltou e tentar corrigir.
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