O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu nesta segunda-feira aos líderes partidários que anunciará até quarta-feira a data em que será votado o processo de cassação do mandato do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PDMB-RJ). A penúltima etapa do processo contra Cunha ocorreu hoje, >com a leitura do processo em plenário, que é a primeira etapa exigida para ele poder ser votado. O novo presidente da Casa frustrou a expectativa dos deputados que pressionam pela cassação do peemedebista. Apesar de ter se reunido com os líderes partidários, como havia prometido, não saiu da reunião com a definição da data da votação final em plenário.
Mesmo com a pressão de líderes da nova oposição, com cobranças sistemáticas em plenário, a votação dificilmente acontecerá esta semana, já que nesta terça-feira Maia e os líderes governistas vão priorizar a votação do projeto da renegociação das dívidas dos estados com a União e na quarta-feira há sessão do Congresso Nacional convocada para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017.
Há constrangimento por parte dos líderes da base aliada de Michel Temer para tratar da questão. Muitos em entrevista cobram que a questão seja resolvida, mas, segundo os líderes da nova oposição, não têm nas reuniões com Maia o mesmo ímpeto. Para os oposicionistas, o governo Temer pressiona para que a votação do processo contra Cunha só seja realizada após a votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Apesar de oficialmente negarem o temor, o governo e os líderes aliados se preocupam com a reação de Cunha na cassação do mandato, dada como certa até pelos próprios aliados.
— Eles têm medo do que o Cunha pode falar. O Rodrigo Maia está enrolando, não marca a data — criticou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP).
— Vamos votar na manhã de quarta-feira. A matéria está madura, todos sabem como votarão. Marque a sessão e os que faltarem assumam suas responsabilidade — clamou o líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ).
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