Mesmo com os holofotes voltados para a possível renúncia do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à Presidência da Câmara, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff entra na reta final na Comissão Especial do Senado.
Os senadores só vão, no entanto, bater o martelo sobre o futuro de Dilma depois do fim dos Jogos Olímpicos. A ideia é pôr o pedido de impeachment de Dilma em votação do plenário do Senado na última semana de agosto, entre os dias 22 e 27. Esta será a última etapa do processo. Para Dilma ser afastada definitivamente, serão necessários os votos de ao menos 54 dos 81 senadores.
Na próxima quarta-feira, o ex-ministro José Eduardo Cardozo representará a presidente na comissão, onde fará mais uma vez
sua defesa. Antes de passar pelo crivo final do plenário do Senado, o
processo precisa ser votado na Comissão Especial do Impeachment, formada
por 21 senadores. Eles terão de aprovar parecer do senador Antonio
Anastasia (PSDB-MG) recomendando a cassação da presidente. A expectativa
é que o tucano apresente seu parecer no dia 2 de agosto.
Desde 8
de junho, a comissão já ouviu 45 testemunhas e recebeu 73 ofícios de
órgãos oficiais com esclarecimentos e pedidos de documentos feitos em
sua maioria a bancos públicos e ministérios. Em meio à tramitação do processo no Senado, Dilma Rousseff procura manter a sua rotina no Palácio da Alvorada. Na última quarta-feira, ela se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo ele, a presidente está “triste, mas aguerrida” com relação ao processo de impeachment.
Com a permissão para viajar nos aviões da FAB apenas no trajeto Brasília/Porto Alegre, a presidente afastada iniciou na semana passada uma “vaquinha virtual” para financiar suas andanças pelo país para divulgar a tese de que é vítima de um golpe. Em 24 horas, Dilma arrecadou mais de R$ 300 mil.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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