Nas negociações para a montagem do novo governo, o vice-presidente Michel Temer sinalizou aos integrantes do PR que deve manter a legenda no comando do Ministério do Transportes. A pasta será “turbinada” com a incorporação da Secretaria de Aviação Civil. Outra novidade foi a escolha do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para comandar o Ministério do Esporte.
“Já ficou definido o Transportes com a Aviação Civil, mas o nome do ministro ainda não foi escolhido”, desconversou o deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), cotado para assumir o novo ministério. Os nomes do PMDB também já estão quase fechados. Picciani foi um dos últimos peemedebistas contrários ao impeachment. O Ministério terá forte projeção no período dos Jogos Olímpicos.
Também ficará com um ex-dilmista o Ministério dos Portos. O
deputado Helder Barbalho (PMDB-PA), filho do senador Jader Barbalho
(PMDB-PA), voltará para a pasta que deixara para votar a favor do
impeachment na Câmara.
O PMDB estará nos principais cargos
políticos do futuro governo. Romero Jucá (PMDB-RR) assumirá o Ministério
do Planejamento,e terá sob seu comando o BNDES, maior órgão de fomento
do Estado brasileiro. A força dos peemedebistas estará concentrada no
chamado grupo palaciano, que ocupará três cargos estratégicos na gestão
Temer. Eliseu Padilha assumirá o Ministério da Casa Civil. Geddel Vieira
Lima ficará responsável pela negociação com os parlamentares, e
chefiará a Secretaria de Governo. Moreira Franco, ex-governador do Rio e
grande articulador da ascensão de Temer, terá um posto especial dentro
do próprio Palácio do Planalto, e cuidará do processo de privatizações
do futuro governo Temer, caso Dilma seja realmente afastada na semana
que vem. Alívio com decisão
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi recebida com alívio pelo grupo do vice Michel Temer. Para os aliados do vice, a permanência de Cunha no comando da Câmara acabaria desgastando a imagem do provável governo interino caso a presidente Dilma Rousseff seja suspensa pelo Senado Federal na semana que vem.
Cunha é um fiel aliado de Temer. Mas o vice teme que, agora afastado do cargo, o deputado saia “atirando”. Por isso, Temer pretende manter uma postura discreta para evitar eventuais retaliações de Cunha. Assessores de Dilma e petistas também avaliaram que a decisão do Supremo é benéfica para o vice. Segundo um ministro, a decisão “tira Cunha de cima de Temer” e diminui um desgaste adicional para sua eventual administração.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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