Gilmar Mendes ganhou ainda mais poderes. Como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vai comandar as eleições municipais deste ano. A posse ocorreu nesta quinta-feira, com a presença do presidente em exercício, Michel Temer.
Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o “país se reorientou” e que o Brasil “leniente e apático ficou para trás”, ao se referir ao julgamento do mensalão e à operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.
“Não remanesce qualquer dúvida de que o país se reorientou, guiando-se agora pelos ventos incontroláveis da participação cidadã. Se, no julgamento do mensalão, iniciou-se a decisiva sinalização de que, vez por todas, a era da impunidade e da complacência com os poderosos sucumbia , as competentes investigações em curso na Operação Lava Jato comprovam, de forma cabal, que o Brasil leniente e apático ficou para trás”, disse o ministro em discurso.
O ministro ocupará a vaga de presidente do TSE no lugar de Dias Toffoli. O mandato se encerra em fevereiro de 2018, quando Gilmar deverá deixar o tribunal. Nesse período, o vice-presidente da Corte será Luiz Fux, também ministro do Supremo.
Ao abrir a sessão, o ministro Dias Toffoli, que deixa a presidência da Corte, disse que o Brasil viveu um “dia histórico” nesta quinta-feira. O ministro lembrou que Temer se formou em direito na Universidade de São Paulo (USP), assim como ele próprio, e que, como integrou a chapa vitoriosa na eleição presidencial de 2014, o presidente em exercício tem legitimidade para ocupar o cargo.
Gilmar terá como vice o ministro Luiz Fux. O ministro é considerado um dos mais críticos ao PT na Suprema Corte, e será responsável por conduzir o julgamento das ações que tramitam na Corte Eleitoral contra a chapa presidencial eleita em 2014, na qual Dilma é a titular e Temer, o vice.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário