
Em meio ao processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff decidiu viajar nesta quinta-feira a Nova York, onde participará da cerimônia de alto nível de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma só deverá voltar a Brasília no domingo, véspera da instalação no Senado da comissão que analisará seu afastamento. Durante sua ausência, o vice Michel Temer, a quem Dilma tem se referido como “conspirador” e “traidor”, assume o cargo. Conforme antecipou o colunista Lauro Jardim em seu blog, Dilma aproveitará a viagem aos Estados Unidos para denunciar, no exterior, o que chama de “golpe”. Nesta terça-feira, a presidente concedeu entrevista a correspondentes internacionais no Palácio do Planalto e voltou a criticar Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por manobras “golpistas”. Ela atacou o PMDB e outros partidos de oposição por sondarem nomes para um futuro Ministério Temer e citou a existência de uma “conspiração” desse grupo para chegar ao poder. A estratégia de Dilma de falar à imprensa estrangeira foi decidida segunda-feira, quando ela deu entrevista para jornalistas brasileiros, para os quais disse se sentir injustiçada com o resultado da votação da Câmara, que aprovou a abertura do processo de impeachment. No mesmo dia, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência enviou e-mail para todos os correspondentes estrangeiros registrados no Brasil. Estiveram na entrevista coletiva 26 veículos internacionais. Na avaliação do governo, a imprensa estrangeira estaria dando maior espaço aos argumentos de defesa da presidente. Na entrevista de terça-feira, Dilma disse que o Brasil tem um “veio golpista adormecido”. Aos correspondentes, listou casos da História para reforçar o argumento:
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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