
Petistas que dormiram preocupados na quinta-feira por conta do depoimento do senador Delcidio do Amaral e acordaram assustados com a condução coercitiva de Lula terminaram esta sexta-feira mais aliviados.
A fala do ex-presidente e as críticas de juristas à decisão do juiz Sérgio Moro de levá-lo à força para prestar depoimento serviram para animar muitos militantes do partido. Pressionados pelas acusações feitas desde 2014, petistas acham que, agora, têm como tratar a Lava Jato como fato político e não apenas judicial — o ato na noite desta sexta-feira no Sindicato dos Bancários de São Paulo reforçou esta expectativa.
Nas ruas
“Eles unificaram o PT no confronto”, ressalta o presidente estadual do partido, Washington Quaquá, para quem a ida forçada de Lula à PF “deu o sinal para a militância”: “Já que vão nos prender, que sejamos presos nas ruas” diz.
Primeiro ato
No Rio, o primeiro ato desta nova fase será amanhã — na noite desta sexta-feira, Quaquá começou a convocar petistas para manifestação diante da TV Globo. Ele oferece ônibus para os interessados em participar do protesto.
Confronto à vista
O dirigente quer também que defensores de Lula façam manifestação no mesmo dia, hora e local do ato contra Dilma Rousseff marcado para o próximo dia 13. A aliada Jandira Feghali, do PCdoB, quer promover uma concentração em Curitiba, terra de Moro.
Testemunha
Em carta aberta ao juiz da Lava Jato, Fernando Morais, autor de ‘Olga’ e ‘Chatô’, afirma que aceita testemunhar em favor de Lula. Diz que, para a apuração de um novo livro, acompanhou o ex-presidente em mais de dez viagens internacionais. Afirma que, em todas, ele fez, pelo menos, uma palestra.
Ação tucana 1
Como o Informe antecipou na tarde desta sexta-feira, o PSDB também quer se aproveitar dos últimos fatos. Decidiu obstruir sessões no Congresso para apressar a tramitação do impeachment de Dilma. Vai também insistir na renúncia da presidente.
Ação tucana 2
Segundo o deputado Otavio Leite (RJ), o comportamento dos tucanos no Senado e na Câmara será discutido depois de amanhã, em Brasília.
Psol diverge
Manifestações da direção nacional do Psol e de Marcelo Freixo sobre o depoimento desta sexta-feira mostram uma divergência no partido. Apesar de ressaltar suas divergências com o PT, o deputado foi mais duro ao condenar a condução coercitiva de Lula.
Ginástica de Moro
Lula prestou depoimento à Polícia Federal com a roupa que usa para malhar — na hora que a PF apareceu em sua casa, ele se preparava para ir à academia. Com a chegada dos agentes, vestiu uma blusa preta e uma calça jeans por cima da camiseta e da bermuda.
Romário candidato
Romário decidiu não passar a bola para Marcelo Crivella, que contava com seu apoio para ser candidato do PSB à prefeitura. Chefe de gabinete do ex-jogador e dirigente do partido, Marco San afirma que o Baixinho vai concorrer à sucessão de Eduardo Paes.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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