
O juiz Sérgio Moro negou à Policia Federal (PF) o pedido de apreensão de objetos que seriam do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que tiveram o armazenamento custeado, segundo as investigações, pela OAS - uma das empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.
A negativa ocorreu na sexta-feira (4), quando foi deflagrada a 24ª fase da Lava Jato, e se tornou pública nesta quarta-feira (9).
A armazenagem dos supostos bens de Lula é um dos pontos analisados nesta mais recente etapa da Operação Lava Jato, que investiga suspeitas de que o ex-presidente tenha sido beneficiado do esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras.
“(...) inviável a apreensão de tudo, pois seria desproporcional e não há causa fundada para tanto. Se não for possível relacionar todos os bens e promover o lacre, fica a diligência no ponto prejudicada”, diz trecho de um despacho publicado por Moro.
De acordo com a Polícia Federal, a OAS – que teve executivos condenados por envolvimento nos crimes apurados pela Lava Jato – custeou a mudança de Lula após o mandato do petista.
Conforme a investigação, inicialmente, os bens foram para contêineres e depois para dois endereços em São Bernardo (SP). Ainda segundo a investigação, a OAS pagou R$ 21.536,84 mensais, durante cinco anos, pelo serviço.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa o ex-presidente, afirma que Lula não retirou qualquer objeto do Palácio do Alvorada. Ele ainda disse que a Presidência da República catalogou todos os documentos e bens recebidos por Lula e fez a entrega do acervo presidencial, conforme estipulado por lei. Martins declarou também que questionamentos em relação ao tema revelam preconceito e uma tentativa de incriminar o ex-presidente.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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