Advogados que representam o PSDB na ação que visa cassar o mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) protocolaram no final do ano passado um pedido para juntar provas, delações e depoimentos de mais colaboradores da Operação Lava Jato.
Numa petição protocolada em dezembro, o partido pediu, por exemplo, para ouvir os ex-executivos da Toyo Setal Augusto Mendonça e Julio Camargo, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, o ex-diretor da Camargo Correa Eduardo Hermelino Leite e o lobista Hamylton Pinheiro Padilha Júnior.
Além disso, também solicitaram que vários elementos já colhidos em ao menos 10 ações penais que correm na Justiça Federal no Paraná, primeira instância onde são julgados envolvidos sem o foro privilegiado, sejam anexados ao processo que corre no TSE. O PSDB alega que nesses processos "fica muito claro" que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto recebia propina oriunda da Petrobras em dinheiro vivo ou doações eleitorais em favor do partido. "Conforme se extrai dos documentos, essas operações ilícitas ocorrem desde 2004, tendo financiado a campanha de 2010. Quanto ao pleito de 2014, as provas também são robustas nesse sentido", diz a peça.
Entre as peças que poderão ser anexadas, há, por exemplo, uma tabela preparada por Barusco com a divisão da propina entre divisão da propina entre os próprios dirigentes da Petrobras e o PT. Na ação, ele revelou que, de 2003 a 2013, Vaccari teria recebido, em nome do PT, algo entre US$ 150 milhões e 200 milhões.
Os depoimentos de outros delatores, por sua vez, detalham valores e ocasiões em Vaccari teria exigido dinheiro para o partido. Mendonça, por exemplo, afirma que repassou ao ex-tesoureiro mais de R$ 4 milhões a pedido do ex-diretor Renato Duque.
A ação do PSDB acusa Dilma e Temer de abuso de poder político nas eleições de 2014 (por convocar pronunciamentos na TV e omitir dados socieconômicos durante a campanha), abuso de poder econômico (por suposto uso de propina oriunda da Petrobras para gastos) e fraude (por suposta divulgação de boatos de que o Bolsa Família poderia acabar).
A defesa da petista contesta as acusações, alegando que não há provas de propina na campanha, que as contas eleitorais foram aprovadas pelo próprio TSE e que as demais suspeitas também já foram rejeitadas pela Corte em outras ações já julgadas (leia mais abaixo).
Andamento
Em fevereiro do ano passado, a ação chegou a ser arquivada e a Corte só decidiu reabrir o caso em outubro.
A ação do PSDB acusa Dilma e Temer de abuso de poder político nas eleições de 2014 (por convocar pronunciamentos na TV e omitir dados socieconômicos durante a campanha), abuso de poder econômico (por suposto uso de propina oriunda da Petrobras para gastos) e fraude (por suposta divulgação de boatos de que o Bolsa Família poderia acabar).
A defesa da petista contesta as acusações, alegando que não há provas de propina na campanha, que as contas eleitorais foram aprovadas pelo próprio TSE e que as demais suspeitas também já foram rejeitadas pela Corte em outras ações já julgadas (leia mais abaixo).
Andamento
Em fevereiro do ano passado, a ação chegou a ser arquivada e a Corte só decidiu reabrir o caso em outubro.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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