segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O novo ano terá desemprego e inflação em alta’diz ex-senador Geraldo Melo

Geraldo Melo - Ex-senador e ex-governador do Rio grarnde do Norte
Após despedir-se, sem saudades, do ano que considerou “desastroso” no cenário político nacional, o ex-senador Geraldo Melo, de 80 anos, não vislumbra um ano novo tão diferente do que foi o histórico 2015. “Foi um desastre completo. De janeiro a dezembro. Um desastre na economia, na administração pública. A sociedade que elegeu um novo governo e esse novo governo deu no que deu, está frustrada”, frisou. Afastando de si o papel de voz da oposição, o ex-governador do Rio Grande do Norte, que também enfrentou graves crises políticas enquanto chefe do Executivo local, não tirou o mérito de Robinson Faria ter encerrado o ano com o pagamento do funcionalismo em dia, mas ressaltou que são necessárias mudanças em diversos setores dos serviços públicos. Confira abaixo o que disse Geraldo Melo sobre a política e economia brasileira em 2015 e suas perspectivas para o ano que acabou de nascer.O ano de 2015 entrou para a história política e econômica brasileira pelos mais diversos motivos. Como o senhor analisa esse ano que os brasileiros querem esquecer?
Infelizmente, o Brasil atravessou o ano de 2015 sem governo e também sem oposição. No primeiro quadrimestre de 2015 quando a população estava na rua, da oposição, como oposição política, esperava-se uma decisão política. E a oposição não tomou decisão política e começou a discutir questões de direito. Se cabe impeachment, se não cabe impeachment, se isso aqui é crime, se não é crime, se pode, se não pode. E isso não é assunto para os líderes políticos, nem do Brasil nem de canto nenhum discutirem. Eles precisavam ter tomado uma decisão política e ter colocado ao seu lado a assessoria jurídica que fosse necessária para permitir a consolidação da decisão que eles tomaram. Assim como havia juristas importantes dizendo que não cabia o impeachment, havia juristas importantes, como Ives Gandra, por exemplo, dizendo que cabia; como Hélio Bicudo, dizendo que cabia. Então, a discussão das questões de direito, não é a discussão que se espera das lideranças de oposição. Portanto, o Brasil, infelizmente atravessou o ano de 2015 assim. Do lado do Governo, o Governo não compareceu. Do lado da oposição, a oposição, conscientemente ou não esperou que o povo fosse para casa para poder tomar uma decisão e tomou no final do ano, às vésperas da festa de fim de ano. Essa é a visão que eu tenho, infelizmente, do que aconteceu no país em 2015 no plano político.

O senhor acredita que 2016 será de recuperação ou de dificuldades?
 Eu gostaria de poder responder diferente. Gostaria como brasileiro, sinceramente, de poder dividir, permitir compartilhar um sentimento de esperança no ano que  começou. Infelizmente, eu não posso fazer isso. Porque tudo quanto era necessário o Governo fazer para piorar 2016, ele já fez. A rigor, agora, o Governo nem precisa fazer mais nada. O prognóstico já está traçado e o próprio Governo parece que já se conformou com ele. Nós vamos ter inflação em alta, nós vamos ter desemprego em alta, nós vamos ter Produto Interno Bruto (PIB) e economia em baixa. Então, não é uma invenção de quanto pior, melhor. Mas é apenas uma indicação que está aí em todas as fontes respeitadas, fontes que não são político-partidárias e todas as indicações de fontes nacionais e fontes internacionais de que as perspectivas são muito ruins. Como se ainda estivesse faltando alguma coisa, o Governo tomou todas as medidas necessárias nesse fim de ano para ter a nota de crédito do Brasil diminuída mais uma vez, de maneira que muito provavelmente os investidores institucionais do mercado mundial, especialmente os Fundos que são proibidos de aplicar em países que não tenham credibilidade, esses Fundos não apenas deixarão de investir, como tomarão decisões para retirar o que investiram. Eu, infelizmente, já procurei na minha cabeça, no meu espírito, uma dosezinha de esperança mas, infelizmente, não encontrei.

Essa questão do pedido de impeachment da presidente Dilma, do imbróglio que se tornou a presença de Eduardo Cunha na presidência da Câmara Federal, de que forma isso pode piorar a situação do país neste novo ano?
 Ao contrário do que o pessoal diz, eu acho que a presença de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara está sendo ótima para o Governo. Por quê? Porque o Governo encontrou um discurso para enganar os bestas, que é o discurso de que o impeachment é um problema entre Dilma, o Palácio do Planalto e Eduardo Cunha, quando não é. Eduardo Cunha foi apenas a pessoa que, por acaso, era o presidente da Câmara, quando 30 e tantos pedidos de impeachment entraram e ele tinha obrigação de ver aqueles que estavam em condições de prosseguir e os que não estavam. Indeferiu uma ruma e deferiu esse. O impeachment não é um problema entre Dilma e Eduardo Cunha. O impeachment é uma decisão de se ter o Brasil presidido por Dilma ou por outra pessoa. Dilma presidindo ou não. Eduardo Cunha está inteiramente fora desse jogo. O que ele pode é abrir sessão, encerrar sessão, dar palavra a um orador, a outro. Mas, no processo de construção ou destruição do impeachment, ele não é parte.

O senhor avalia que ele é uma espécie de bode expiatório?
 Ele é um pretexto. Uma desculpa. Um argumento, vamos dizer. De fato, veja bem, qualquer cidadão brasileiro pode, nós podemos pedir ao Congresso Nacional a abertura de um impeachment. Então, você vai ao Congresso Nacional dar entrada na Secretaria e alguém vai ter que despachar: se aquele seu pedido merece um processo, caminhar dentro do Congresso ou se deve ir pro lixo. Quem estiver sentado na cadeira de presidente da Câmara, quando esse papel chega, tem o direito de dizer prossiga ou vai pro lixo. Qualquer pessoa. Vamos dizer que Eduardo Cunha tenha feito uma viagem e esse documento de Hélio Bicudo tivesse entrado, como tantos outros, o presidente que estivesse sentado na cadeira, porque o presidente Eduardo Cunha estava viajando, podia despachar. Portanto, o presidente da Câmara nesse momento é um instrumento de ocasião. Ele é um instrumento que poderia ser usado naquele momento.

Do seu ponto de vista, essa crise institucional que se abateu sobre o Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados, chegou a esse ponto por qual razão?
 Eu não quero assumir o papel da oposição que a própria oposição não está desempenhando.  Agora, na realidade, essa crise foi construída pacientemente nos últimos doze anos. Rememorando rapidamente, o que aconteceu nos últimos doze anos? O Brasil sai de uma doença crônica que era uma hiperinflação, para um momento novo que nasceu com a criação do Real. Lembrando que os atuais governantes do país, todos, foram contrários à criação do Plano Real. Criou-se o Plano Real e o Brasil passou a dispor de uma moeda com credibilidade e as circunstâncias, a evolução da economia a partir daquele momento confirmou que se podia confiar naquela moeda. Esse ambiente que estava criando foi se deteriorando nos últimos doze anos.  Assumiram aqueles que diziam que eram contra tudo “isso que está aí”, como diziam antigamente. Ou seja, falando em corrupção, inimigos disso ou daquilo, eles assumiam, desfrutaram de um um novo cenário de um país convivendo com uma realidade econômica positiva e conseguiram deteriorar e chegarmos aonde chegamos.
 
E os casos de corrupção desnudados ao longo do ano passado?
Nunca se viu, na história desse país, uma coisa tão fantástica como a corrupção que começou a ser mostrada. Falta mostrar muito ainda. A corrupção que começou a ser mostrada, associada ao desgoverno, à doutrina antiga que dominou essas cabeças dizendo que eram as coisas mais modernas, uma proposta de meados do século XIX, é a proposta, é o avanço que eles estão propondo para o Brasil. Então, tudo isso junto, tinha que desaguar onde desaguou. Agora, o pior neste momento, é que a crise com todas essas características que estamos vendo, mas ainda não vemos nenhuma ideia, nenhuma proposta, nenhuma conduta, nenhum líder, para comandar o processo de retirada do país dessa crise.

Trazendo para a realidade potiguar, como o senhor avalia a atual gestão estadual?
 A gente se acostumou a discutir pessoas. Que fulano vai fazer uma aliança com sicrano, que vai apoiar beltrano. E, essas coisas, a gente precisa reconhecer que elas hoje não tem mais nenhuma importância. Eu não votei em Robinson. Sou amigo dele, ele foi candidato a deputado estadual pela primeira vez na vida junto com minha candidatura a governador. Eu ganhei a eleição e ele ganhou para deputado estadual e foi meu candidato a presidente da Assembleia. Com ele, eu como governador, sofri minha primeira derrota. Porque nós perdemos e o presidente eleito foi o deputado Nelson Freire. Eu o conheço e tenho que fazer justiça a ele. Hoje, se você quiser olhar para o governo, ele deixa a desejar enormemente para tudo que é lado. Você pode jogar pedra no governo do jeito que se quiser. Mas, algumas coisas, não se pode deixar fazer. Tem que se comparar o que ele está conseguindo, a forma como ele está conseguindo terminar este ano com a forma como outros estados estão terminando. Nós temos estados como o Rio Grande do Sul, por exemplo, com meses de atraso no funcionalismo. 

 Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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PORTO ILHA AREIA BRANCA-RN -Em 1974 foi inaugurado o porto-ilha de Areia Branca, o principal escoadouro do sal produzido no Rio Grande do Norte para o mercado brasileiro. Situado 26 quilômetros a nordeste da cidade e distante da costa cerca de 14 milhas, consiste em um sistema para carregamento de navios com uma ponte em estrutura metálica com 398m de comprimento. O cais de atracação das barcaças que partem de Areia Branca tem 166m de extensão e profundidade de 7m. Ali o sal é descarregado para estocagem em um pátio de 15.000m2 de área e capacidade para 100.000t. O porto-ilha movimenta em média 7000 toneladas de sal por dia.

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança