O vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defenderam nesta terça-feira (26) o ministro da Saúde, Marcelo Castro, também peemedebista. Temer disse, após ser questionado sobre as recentes declarações de Castro em relação ao mosquito Aedes aegypti, que o ministro "merece" permanecer no cargo. Cunha disse haver tentativa de culpar o ministro por um problema que não é dele.
Castro se tornou alvo de críticas em razão de declarações polêmicas concedidas à imprensa. O último episódio envolvendo o titular da Saúde gerou contrariedade no Palácio do Planalto, segundo informou o Blog do Camarotti, por conta da avaliação de Castro de que o país está perdendo a “guerra” contra o mosquito Aedes aegypti – transmissor de doenças como a dengue e as febres chikungunya e amarela, além do zika vírus.
"Eu acho que ele merece", disse Temer nesta terça, após ser questionado sobre se Castro segue "firme e forte" no cargo.
Na Câmara, Eduardo Cunha também foi questionado sobre a situação do
ministro, e afirmou que "o mosquito não tem quatro meses", em referência
ao tempo que o peemedebista ocupa o posto na Saúde.
Cunha disse que "culpar" Marcelo Castro pela epidemia é "transferir" um problema e voltou a defender que o partido deixe a base aliada do governo. "O Marcelo não devia estar no governo não pelo fato em si da epidemia. Eu acho que o PMDB devia sair do governo. Agora, querer culpar o Marcelo pela epidemia de mosquito é querer transferir um problema que não é dele. Isso eu não concordo", afirmou.
"Independente do que ele falou ou deixou de falar, o mosquito está lá há mais tempo. Eu, pelo menos, tive dengue em 2012. Já tinha epidemia no Rio", completou.
Declaração polêmica
Na última sexta-feira, durante seminário no Piauí, Marcelo Castro afirmou que o país vive "uma verdadeira epidemia" ao citar o Aedes egypti. “Há cerca de 30 anos o mosquito vem transmitindo doenças para nossa população e, desde então, nós o combatemos, mas estamos perdendo a guerra contra Aedes aegypti", declarou o ministro.
Nas palavras de um auxiliar direto de Dilma, informou o Blog do Camarotti, a frase do ministro sobre o combate ao mosquito passa a imagem de que o governo não está conseguindo reagir não só a epidemia da dengue, mas, principalmente, ao avanço do zika vírus.Nesta segunda-feira (26), após reunião no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e outros cinco ministro, Castro disse que é preciso "vencer" a batalha contra o mosquito. “Eu não estou condenando ninguém. Mas é fato que o mosquito convive com a gente esse tempo todo. Se perdermos a batalha, teremos quantas pessoas com microcefalia? Agora é uma guerra completa, e essa batalha, nós precisamos vencer sob pena de a história nos julgar", declarou.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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