O governador Robinson Faria (PSD) não vai cumprir a principal promessa
feita a Mossoró na campanha eleitoral de 2014 e reafirmada na primeira
visita à cidade depois de empossado, no dia 6 de janeiro: revitalizar o
aeroporto Dix-sept Rosado.
A palavra foi empenhada.
A coluna explora a memória: Robinson disse que o velho “campo de
aviação” seria reformado e ampliado para receber voos comerciais,
inclusive, as primeiras linhas aéreas funcionariam ainda em 2015.
E mais: ao conceder incentivo na alíquota do ICMS do querosene de avião
para operações no aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na Grande
Natal, o governador inseriu Mossoró na publicidade, esquecendo-se que o
aeroporto da cidade já havia sido contemplado com a isenção no governo
Rosalba Ciarlini (PP), mas sem despertar o interesse das companhias
aéreas.
O constrangimento de prometer e não fazer veio no início de dezembro,
quando Robinson, para voltar a Natal, depois de visitar a região Oeste,
teve de usar o aeroporto de Aracati, no vizinho Ceará, porque o Dix-sept
Rosado está interditado para pouso e decolagem noturnos, devido à falta
de balizamento.
O governador poderia – e deveria – ter evitado falsa promessa. Ou
melhor, ter optado por fortalecer a luta pela construção do novo
aeroporto. Essa, sim, é a grande luta, o grande sonho, o grande
benefício para o processo de desenvolvimento socioeconômico da cidade e
da região.
O projeto existe; caminhou de forma favorável até o final de 2014 na
Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, mas
desceu a menor plano devido ao desinteresse ou falta de vontade política
da classe potiguar.
Ao invés de requentar promessa de revitalizar o velho aeroporto, que há
tempo está condenado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o
governador deveria reunir a bancada federal do Rio Grande do Norte para
exigir o projeto do novo aeroporto.
A coluna, por várias vezes, noticiou o processo de elaboração do
projeto, inclusive, citando valores de investimento (R$ 100 milhões) e
as três opções de terreno apresentado pela Prefeitura de Mossoró, no
período de Cláudia Regina (DEM).
Também insistiu para a classe política, segmento empresarial, clubes de
serviço e outros segmentos se uniram à luta, pois só assim seria
possível o Governo Federal fazer o investimento e dotar a segunda maior
cidade do estado de um equipamento capaz de fazer alçar voo o seu
desenvolvimento.
Eles, os políticos, preferiram a zona de conforto, concentrando as suas forças em interesses individuais.
Mas a coluna não vai desistir.
Neste canto de página, continuará pedindo a união de todos pelo novo aeroporto, porque é hora de luta.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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