Crítico feroz do Governo Dilma, vestal da campanha anticorrupção e líder nacional do DEM, o senador José Agripino Maia viu nesta semana mais uma vez seu nome ser envolvido em um escândalo de obtenção ilícita de dinheiro.
No desenrolar da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a
Procuradoria Geral da República pediu abertura de inquérito
no STF contra o senador para investigar os crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A suspeita é que
ele tenha negociado o pagamento de propina da OAS na
construção da Arena das Dunas, estádio construído em
Natal para a Copa de 2014. Agripino já é alvo de outro
inquérito no STF que investiga acusação do empresário
George Olímpio, o qual teria negociado propina com
políticos (Agripino incluso) para aprovação de leis - mais
especificamente falando, da inspeção veicular durante a
gestão de Rosalba Ciarlini (à época apadrinhada do senador
democrata). Na ocasião, Agripino teria solicitado R$ 1
milhoa.
O senador se pronunciou a respeito. “Apesar de achar essa acusação absolutamente absurda, descabida e inveridica, eu me colocarei à disposição do Judiciário para promover os esclarecimentos que forem necessários”, declarou em nota oficial.
O fato é que agora o tradicional político potiguar se complicou. Mesmo que o esquema ainda não tenha sido provado nas instâncias jurídicas, poderá Agripino continuar fazendo críticas tenazes ao Governo e à corrupção se gabando de sua “conduta ilibada”?
Vale lembrar que Agripino foi coordenador da campanha do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) à presidência em 2014. O lema era fazer um governo “ético” e “decente”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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