
Políticos e diretores da Petrobras envolvidos no esquema de desvio de dinheiro da estatal usaram a propina para — além de comprar lanchas, carros importados, helicópteros e pagar campanhas eleitorais — contratar prostitutas. A informação faz parte dos depoimentos dados pelo doleiro Alberto Youssef, um dos cabeças do esquema, e por seu assessor Rafael Angulo Lopez, a investigadores da Operação lava Jato, informou a edição de ontem pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’.
A revelação foi feita quando os delatores foram chamados a 
explicar expressões que estavam em planilhas que registravam o fluxo do 
dinheiro desviado. Youssef e Lopez contaram, então, que só em 2012 R$ 
150 mil desviados foram gastos na contratação das garotas.              
          
                      
                      
Segundo eles, algumas eram escolhidas
 por terem participado de programas de TV, sido capas de revistas ou 
destaques em escolas de samba. Nas planilhas, explicaram os delatores, 
os valores associados a “artigo 162” e “Monik” eram relativos a 
pagamento das prostitutas, cujo por programa custava, em média,e R$ 20 
mil.                        
                      
                      
Segundo Youssef e Lopez, “artigo 162”
 foi usado em referência ao número do endereço de uma cafetina conhecida
 como “Jô”, que agenciava modelos para os dirigentes da Petrobras e 
políticos. Nos arquivos, são várias referências ao local, com 
lançamentos de R$ 5 e R$ 10 mil. De acordo com os relatos, as 
prostitutas buscavam os pagamentos em dinheiro no escritório de Youssef.
 A verba desviada financiou também uma festa no Hotel Unique, em São 
Paulo. Com a presença de diversas garotas, foram gastos R$ 90 mil em uma
 noite, numa comemoração em grupo.                        
                      
                      Uma busca autorizada pela Justiça encontrou 
também um comprovante de transferência de R$ 6 mil de um diretor da 
Petrobras para uma famosa, cuja identidade é mantida sob sigilo pelos 
investigadores. A força-tarefa montada pela Operação Lava Jato não leva 
em conta o fato de o dinheiro desviado ter sido usado para prostituição.
 Segundo eles, o mero fato de existir pedido e aceitação de propina já 
configura o crime de corrupção. Para os investigadores não importa os 
fins para os quais o dinheiro da propina foi usado.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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