A política do governo federal de reduzir impostos para salvar a indústria automobilística e os fabricantes de eletrodomésticos da chamada “linha branca” custou aos municípios do Rio Grande do Norte R$ 1,93 bilhão.
O valor é estimado e se refere ao período 2008-2012, sem atualização monetária.
O pacote prosseguiu em 2013 e 2014, mas com menor intensidade.
O levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios para subsidiar o debate sobre a necessidade de um novo pacto federativo.
Do total estimado para o período 2008/2012, uns R$ 707 milhões saíram (ou deixaram de entrar na contabilidade) dos pequenos municípios potiguares, aqueles com menos de 10.188 habitantes, os mais dependentes das transferências constitucionais.
No pacote de bondades, Natal contribuiu com R$ 254,9 milhões.
Parnamirim com R$ 78,5 milhões.
Mossoró também R$ 78,5 milhões.
São Gonçalo do Amarante com R$ 31 milhões.
João Dias, município em que 57% da população viviam abaixo da linha de pobreza em 2010, contribuiu com R$ 6,9 milhões.
A Confederação Nacional dos Municípios deixa claro que esses valores são projeções estatísticas, mas eles estão próximos de um outro levantamento, este feito pelo Tribunal de Contas da União.
De acordo com o TCU, com as desonerações, a União deixou de arrecadar em Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados entre 2008-2012 mais de R$ 327 bilhões.
Estados, Distrito Federal e municípios deixaram de receber repasses da ordem de R$ 190 bilhões.
A região Nordeste, sozinha, deixou de receber R$ 68 bilhões.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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