O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou neste domingo (31) sua conta pessoal no microblog Twitter para questionar a tentativa de deputados de seis partidos, encabeçados pela bancada do PT, de tentar suspender no Supremo Tribunal Federal (STF) a tramitação da reforma política. Na rede social, o peemedebista classificou de "choro" o mandado de segurança protolocado neste sábado (30) por 61 parlamentares de PT, PPS, PC do B, PSOL, PSB e PROS. Para ele, os autores da ação judicial são um "grupo contrariado com a derrota" sofrida no plenário.
Os seis partidos reclamaram ao Supremo que, nesta semana, durante a votação das propostas da reforma política, o plenário da Câmara votou duas vezes a possibilidade de doação às legendas partidárias, o que seria inconstitucional.Na última terça (26), os deputados rejeitaram a emenda que autorizava doações de empresas a partidos e a candidatos, proposta defendida por Cunha. No dia seguinte, apesar da derrota sofrida na véspera, o presidente da Câmara colocou em votação outra emenda que tratava sobre financiamento eleitoral, incluindo na Constituição a possibilidade de a iniciativa privada fazer doações eleitorais exclusivamente para partidos. Desta vez, os deputados decidiram aprovar a mudança constitucional, o que motivou duras críticas por parte do PT e gerou um intenso bate-boca no plenário da Casa.
"Aceitei a questão de ordem e reclamaram. Só que nem se chegou a isso, pois a primeira foi aprovada com 330 votos favoráveis. Ou seja, a polêmica é choro de quem não teve os votos para rejeitar uma proposta diferente da rejeitada", ironizou Cunha no Twitter.
Ao longo das 42 mensagens que publicou na rede social na manhã deste domingo, o peemedebista fez várias críticas diretas e indiretas ao PT. Conforme ele, a bancada petista, que defendia a implantação do sistema eleitoral com voto em lista e o financiamento de campanhas eleitorais exclusivamente público, sofreu uma "derrota vergonhosa" e "não se conforma com a derrota".
Em outra crítica ao PT, Cunha afirmou que a Câmara não ficará "refém" dos que não querem que nada que os contrarie seja votado na Casa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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