O Galaxy S6 Edge é tudo o que a Samsung deveria ter feito desde o início. Essa, ao menos, foi a sensação que tivemos durante o período de testes para este review do novíssimo top de linha com tela curvada. O aparelho, que chegou ao Brasil em abril deste ano, reúne desempenho de ponta, sistema mais limpo e um design - finalmente - acertado. Confira a análise do Galaxy S6 Edge e descubra se ele faz valer os assustadores R$ 3.799 (ou R$ 4.299, para os mais exigentes e corajosos).Os celulares top de linha da Samsung sempre foram famosos por trazer o que há de melhor quando o assunto é hardware. O design, por outro lado… Bem, não faltaram críticas por aí à traseira de plástico dos últimos Galaxy S, à borda também de plástico que imitava metal e a outras escolhas de gosto duvidoso. Basta puxar na memória os últimos lançamentos: o Galaxy S5, por exemplo, teve sua traseira comparada a um curativo estilo Band-Aid em memes na época do lançamento. E, aparentemente, essa fase ficou no passado.
O Galaxy S6 Edge é lindo. Mesmo. O aparelho conta com todos os materiais premium que um top tem direito. Tanto a tela quanto a traseira são recobertas por vidro, com proteção contra riscos Gorilla Glass 4, que deve também fazer dele um pouco mais resistente a quedas - teste esse que preferimos evitar por aqui. Outra novidade é a faixa que recobre a lateral do aparelho, que agora é feita de metal e é estranhamente semelhante ao que vemos no iPhone 6, como a foto abaixo mostra.
Sobre esse aspecto, vale ressaltar: a companhia lançou dois aparelhos, idênticos em especificações e diferentes em design. Este, do review, é o Galaxy S6 Edge, que é mais caro e conta com tela curvada. Há ainda o Galaxy S6, com formato tradicional e preço "mais em conta" - se é que podemos usar essa expressão para smartphones que custam acima dos R$ 3 mil. Ah, e nenhum deles é à prova d'água.
O Galaxy S6 Edge marca o fim da era da linha S com tampa e bateria removíveis. A empresa finalmente cedeu, depois de anos batendo o pé e insistindo na facilidade de baterias removíveis. Por aqui, não notamos nenhum contra na decisão, muito pelo contrário. Em relação ao design, ao menos, o aspecto geral é que temos um celular melhor e bem acabado, que gera uma certa sensação de estar segurando um dispositivo unibody, lapidado em peça única. Ainda é cedo para dizer que o fato de não poder remover a bateria vai realmente dar dor de cabeça aos usuários.
Tudo é especialmente bonito na teoria. No dia a dia, porém, o Galaxy S6 Edge nos gerou alguns incômodos. O maior deles é com a traseira com acabamento de vidro. Ela é absurdamente escorregadia e causa uma eterna sensação de que o aparelho vai escapar da mão e se espatifar no chão a qualquer momento. As bordas laterais, fininhas por causa da tela curva, fazem com que o usuário não tenha muito onde segurar para firmar o smartphone na mão. A saída? Comprar uma capinha.
Desempenho
O desempenho do Galaxy S6 Edge é impecável. Ele roda o Android 5.0.1 (Lollipop), modificado com a personalização da Samsung chamada TouchWiz, tradicionalmente mais pesada que o "Android puro". Apesar disso, passamos longe de encontrar problemas de desempenho no aparelho. Ele roda com extrema fluidez, a transição de telas é absolutamente incrível e ele abre e transita entre apps tão rápido quanto é possível. O S6 é um dos melhores Androids que já testamos quando o assunto é desempenho e é, sem dúvidas, o celular com melhor experiência de uso já feito pela Samsung.Ainda há uma porção de aplicativos embarcados no sistema ou atalhos para a instalação ou compra de apps no meu principal. A boa notícia? É que eles podem ser facilmente removidos de lá, e não só "escondidos" do menu principal. Por outro lado, alguns atalhos para apps famosos, como o Facebook, se mostraram de boa valia e economizaram um punhado de minutos na instalação do programa diretamante no Google Play, loja de aplicativos do Android.
Das funções mais legais, podemos destacar o acesso rápido a contatos favoritos no cantinho direito, a função que mostra suas notificações e relógio, quando a tela está bloqueada, e as curvas, que se acendem e piscam, quando o celular está de tela virada para baixo e o usuário recebe uma ligação. Não é nada imperdível, como dissemos ali atrás, mas tem potencial.
O Galaxy S6 Edge é um monstro do desempenho… E merecia uma bateria igualmente monstruosa. Ela não chega a ser ruim, mas fica bem na média. Nos nossos testes, o S6 Edge durou um dia de uso sem muito esforço. Dá pra carregar durante a noite, sair para trabalhar e, na volta pra casa, ainda aproveitar um restinho de bateria. Nesse aspecto, há concorrentes por aqui que dão um banho, a exemplo do Moto Maxx: são 2.550 mAh no Samsung contra 3.900 mAh no Motorola.
O segundo recurso é o modo de baixo consumo, uma versão radical do modo de economia de bateria mais comum. Ele basicamente transforma o Galaxy S6 Edge num Nokia-da-cobrinha: tela em preto e branco, função de Internet limitada e acesso restrito a apps. É o último recurso, o botão vermelho do smartphone que consegue esticar 10% para horas e horas de uso extra.
Tela
Nem só de curva vive a tela do Galaxy S6 Edge: ela ainda conta com uma resolução de impressionar. São 1440 x 2560 pixels, distribuídos pelas 5,1 polegadas, número que inclui a curvatura do display. Isso gera uma densidade de 577 ppi, e torna os pixels, os pontinhos que compõem a tela, impossíveis de se enxergar a olho nu. É muita, muita coisa, e chega a ser exagerado. Uma tela Full HD, por exemplo, tem 1080 x 1920 pixels e nela já não é possível ver os tais pixels. Em linhas gerais, o S6 Edge não precisava de tanta resolução de tela, e no cotidiano não faz a menor diferença usar o top ou usar o Moto X, que tem display "apenas" Full HD.Câmera
Essa é a melhor câmera já feita pela Samsung em um celular. O salto de qualidade entre ele e o Galaxy S5, que já tinha uma câmera legal, é notável. Ela não supera a do iPhone 6 Plus ou a quase imbatível câmera do Lumia 1020, da Nokia, mas chega perto disso.Em ambientes pouco iluminados, o sensor não faz feio, embora as fotos percam um pouco desse lance da profundidade e fiquem meio pixeladas quando tiradas sem flash. Mas, no geral, é um desempenho bem acima da média, e já coloca no S6 e o S6 Edge no pódio das melhores câmeras para celular do mercado. E isso não é coisa pouca.
Custo-benefício
O Galaxy S6 Edge é incrível e diferente. A curvatura na tela, no entanto, não nos convenceu a pagar R$ 3.799 por um aparelho de 32 GB de armanzenamento interno. Hoje, ela não conta com funções suficientes que justifiquem os R$ 500 a mais em relação ao Galaxy S6 "comum". Se você quer ter em mãos um dos melhores smartphones do mercado, competidor páreo para o iPhone 6, pode ir sem medo no Galaxy S6 - o display curvado não vai fazer falta. Por outro lado, se você quer ter em mãos o que há de mais inovador em matéria de display, vá em frente.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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