A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara volta a ser centro de polêmicas, mais uma vez graças ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP). A pedido do polêmico parlamentar, nove “ex-gays”que alegam ser vítimas de discriminação serão ouvidos em audiência pública. Dominada por um grupo de parlamentares de perfil conservador, o pedido de requerimento foi aprovado com 10 votos favoráveis e seis contrários.
O pastor argumenta que os “ex-gays” são alvos de preconceito praticado pelos seus “ex-pares” homossexuais, que os tratariam como “fingidores”.
“Após a mudança da orientação, sofre-se duplo preconceito. Os héteros dizem que eles estão dissimulando, ou até mesmo que eles são doentes mentais”, justificou Feliciano durante audiência da Comissão de Direitos Humanos.
Dos nove convidados para o depoimento, ainda sem data
marcada para acontecer, cinco são homens e quatro são mulheres. No
grupo, há três pastores evangélicos, um cantor evangélico, uma
missionária, uma psicóloga e um estudante de psicologia.
Durante a justificativa do
requerimento, lida em reunião da Comissão, o deputado argumentou que os
programas de TV tratam os ex-homossexuais como pessoas caricatas e que
enganam a sociedade, sobretudo os cônjuges. Ele também associou a falta
de assistência do Estado a este segmento a supostas doenças mentais
decorrentes do preconceito. “Supostamente eles estariam praticando uma
aventura e enganam as pessoas.Nenhuma lei incluiu os ex-gays na proteção
estatal”, reclamou Feliciano.
Para a parte da Comissão contrária a aprovação
do requerimento, Feliciano quer trazer de volta à discussão o projeto da
Cura Gay. Em 2013, o debate sobre a polêmica proposta mobilizou
diversos ativistas LGBTs contrários à causa, tornando Feliciano alvo dos
protestos que levaram milhares de pessoas às ruas em todo Brasil
naquele ano. E a proposta acabou engavetada no Congresso.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário