Quais os erros mais evidentes do Complexo Viário do Abolição?
“Cito a sinalização defeituosa, execução de terraplanagem não comprovada, entre outras não conformidades que não são desse governo atual”, listou o próprio superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Walter Fernandes.
E expõe, enfático, o que todos sabem: “Neste projeto, houve, sim, erros de execução”.
O superintendente participou de audiência pública sobre a obra, que se arrasta há quase seis anos, na Câmara Municipal de Mossoró na manhã de ontem (23).
No encontro, não foi apresentado nenhum cronograma com prazos para a continuidade e término da obra.
Vereadores também destacaram ainda, além dos evidentes erros de engenharia, o grande perigo no qual os viadutos se transformaram, com falta de sinalização e acúmulo de mortes.
De acordo com Fernandes, 95% dos recursos da obra já foram repassados. Além disso, disse que todo o projeto admite adequação de até 25%.
“O valor que corresponde a 95% repassado pelo Dnit não é o valor da obra, e sim o valor correspondente ao repasse do convênio", afirmou o superintendente. Ele ressaltou ainda que "o Governo do Estado talvez não tenha feito nenhum pagamento à empresa contratada; não sabemos”.
Apesar de ser parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de iniciativa da União, a execução e fiscalização do projeto estava a cargo do Governo do Estado – é o que se chama obra delegada.
“A empresa contratada e licitada, inclusive as medições realizadas são de inteira responsabilidade do Governo do Estado.”
Ao final da audiência, os vereadores asseguraram a elaboração de uma ata, para ser transformada em documento a ser encaminhado para os Executivos municipal, estadual e federal.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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