quinta-feira, 5 de março de 2015
Na 4ª alta seguida, juros sobem para 12,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar nesta quarta-feira (4) os juros básicos da economia de 12,25% para 12,75% ao ano, uma alta de 0,50 ponto percentual. Foi o quarto aumento consecutivo da taxa Selic, que atingiu o maior patamar desde o início de 2009, quando estava em 13,75% ao ano, ou seja, em seis anos.
A decisão confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. Com uma taxa mais alta de juros, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o crescimento da economia.
Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte frase: "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 12,75% a.a., sem viés".
Cenário econômico
O novo aumento dos juros básicos da economia acontece em um momento complicado, com a economia ainda se ressentindo de um baixo nível de atividade, mas com a inflação fortemente pressionada pelo aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, e também pela disparada do dólar – que nesta quarta fechou em R$ 2,98, o maior patamar desde 1998.
De acordo com o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, o cenário atual é um dos mais desafiadores para a política econômica, pois combina ausência de crescimento com inflação em alta, que os economistas chamam de “estagflação”.
A alta do dólar pressiona os preços, pois os produtos e insumos importados ficam mais caros. Além disso, a inflação também sofre os efeitos dos reajustes dos chamados "preços administrados" (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros). Para a energia elétrica, o rejuste pode superar 40% neste ano.
“A depreciação do real acelerou-se desde a última reunião [do Copom em janeiro]. Além disso, o Banco Central pode reduzir sua intervenção no mercado de câmbio acelerando este processo. Outra razão para o aumento da Selic é que o BC deve combater os efeitos secundários dos choques de preços de hortifrutigranjeiros, bem como do aumento de combustíveis e energia elétrica”, avaliou o professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP), Clemens Nunes.
Do lado da atividade econômica, analistas não descartam a possibilidade de o país entrar de novo em recessão, a exemplo do registrado no ano passado. A chamada recessão técnica se caracteriza por dois trimestres seguidos de contração do Produto Interno Bruto (PIB).
A expectativa da maior parte do mercado financeiro, realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 analistas de bancos, é de que a economia brasileira tenha registrado crescimento zero em 2014 e de que tenha retração de 0,58% em 2015 – o que seria a maior queda em 25 anos.
Metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Nos últimos cinco anos, porém, a inflação ficou bem distante da meta central de 4,5%, e mais próxima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro. Em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, respectivamente, a inflação somou 5,91%, 6,50%, 5,84%, 5,91% e 6,41%.
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, informou, no fim do ano passado, que a inflação deve retomar a trajetória de convergência para a meta central "ao longo de 2015". Segundo ele, o "horizonte de convergência" com o qual o BC trabalha "se estende até o final de 2016".
O objetivo do BC, portanto, é entregar a inflação na meta central de 4,5% somente no ano que vem. Antes de retomar a trajetória de convergência para a meta durante 2015, a inflação acumulada em 12 meses tende a "permanecer elevada", informou ele em dezembro.
O mercado financeiro, porém, segue incrédulo. De acordo com estimativas coletadas pelo próprio Banco Central na semana passada, com mais de 100 instituições financeiras, a inflação deve somar 7,47% neste ano (bem acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro), 5,5% em 2016, 5,2% em 2017 e 5% em 2018 – não atingindo, portanto, a meta central de 4,5% até o fim do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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