O padrão da Lei Moral
O cristianismo recebe a Bíblia como a Palavra de Deus, entende que
através dos Dez Mandamentos o Senhor indicou o caminho para a vida a
partir do povo hebreu, por volta de 1250 a.C.
As Escrituras informam que Deus entregou a Lei a Moisés nas duas tábuas
quando o profeta estava no monte Sinai, objetivando conservar a
liberdade do povo hebreu. A forma dos Dez Mandamentos é conhecida como
categórica ou absoluta. Apresenta um estilo sóbrio e de estrutura
assonante, paralela e poética, para facilitar a memorização e
encaixar-se bem à sessão de leitura litúrgica e em grandes eventos
religiosos (Deuteronônio 31.11).
A lista dos Dez Mandamentos também é conhecida como Decálogo, que em
hebraico é "asseret hadevarim" e em grego "dekalogos", o termo significa
as dez palavras. Ele foi elaborado em caráter divino ao povo de Deus.
Poderíamos enumerar os objetivos do Decálogo para o povo hebreu , bem como para o mundo, assim:
1. Para nunca mais haver escravidão;
2. Para a preservação da liberdade do povo;
3. Para os hebreus viverem a justiça de Deus e a comunhão com o próximo;
4. Para ser um povo organizado, tornando-se o o sinal de Deus para o mundo;
5. Para uma comunidade organizada por Deus ser a resposta divina para o clamor dos povos;
6. Para o povo ser o anúncio do próprio Deus, a amostra daquilo que Deus quer para todo o ser humano;
7. Para o povo viver a dimensão perfeita do amor a Deus e ao próximo.
Cristo não anulou a Lei, Ele a completou e a reafirmou:
Jesus disse: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir" - Mateus 5.17.
Deus do cristianimo. Jesus resumiu o Decálogo em dois mandamentos: "E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes" - Marcos 12.29-31.
O Decálogo aponta ao monoteísmo. Paulo enfatizou isso ao ensinar o Evangelho, escreveu:
"Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" - 1 Coríntios 8.6.
"Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um." - Gálatas 3.20.
"Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós" - Efésios 4.6.
O Senhor Jesus é a plena manifestação do Pai. A Lei cumpriu todo o propósito em Cristo - os preceitos morais, cerimoniais e civis. A Lei Moral, a Lei Cerimonial e a Lei Civil são três partes de uma mesma lei que o Senhor Jesus, a imagem plena de Deus, observou pia e inteiramente. E assim sendo, os cristãos vivem debaixo da Lei do Amor, do tempo da Graça de Deus.
Diferente do Filho de Deus, no tempo em que Jesus pregava o Evangelho acompanhado dos doze discípulos, os doutores da Lei a ensinavam no templo mas não a cumpriam. Os líderes judeus memorizaram e recitavam literalmente a letra, porém, sem obedecer suas diretrizes também matavam o "espírito" dela (Mateus 23.1-39). Assim, da manutenção à liberdade, o povo judeus voltou à escravidão, não do Egito, mas a da religião sem Deus. Com isso, compreendemos que a letra (a lei escrita) mata, mas o Evangelho, que é espírito e vida, vivifica o pecador (João 6.63; 2 Corintios 3.6).
Conclusão
A tendência humana é se esforçar para merecer a salvação, porém, nenhum esforço é necessário para salvar-se porque ela é adquirida pela fé em Jesus sem as obras da lei (Gálatas 2.16).
O Deus de Israel revelado no Antigo Testamento é o mesmo Deus do cristianismo. Entrantanto, cabe aos cristãos considerar que a antiga aliança caracterizava-se pela revelação da vontade de Deus, resumida na lei mosaica, uma relação que, com frequência, os judeus falhavam em observar (Jeremias 31.32). Paulo concluiu que a antiga aliança e as estipulações associadas à lei mosaica foram substituídas pelo ministério de Cristo e do Espírito Santo (Romanos 10.4; Gálatas 3.25).
Por:Damiana Sheyla
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