O anúncio dos primeiros 22 nomes que integrarão a equipe de auxiliares do governador eleito Robinson Faria foi recebida com cautela pelos deputados estaduais da base oposicionista e definida como “coerente” pelos governistas. O deputado Gustavo Feranndes (PMDB) disse que alguns nomes escolhidos já demonstram experiência, já outros assumem cargos públicos pela primeira vez. “E isso (assumir cargo público pela primeira vez) é bem desafiador. Pegar pessoas que não tiveram experiência no setor público e apresentar como secretário é algo que pode dar muito certo, mas também pode dar errado. Só vamos saber mesmo na prática”, disse Gustavo Fernandes.Para o deputado do PMDB a opinião mais precisa só poderá ser dada após os seis primeiros meses de gestão. O deputado estadual Kelps Lima (SDD) analisou que o secretariado não se revela com o anúncio dos nomes, mas também no momento em que se oferece condição para o funcionamento de cada secretaria. O parlamentar citou o exemplo do médico Luiz Roberto Fonseca, atual secretário estadual de Saúde, que não teve condição de desenvolver um grande trabalho. “Luiz Roberto é um grande nome, mas o Governo não apresentou condições para ele realizar um grande trabalho”, comentou.
Para Kelps Lima há dois nomes a serem avaliados e que, nesse momento, ainda são desconhecidos: os novos secretários de Administração e de Planejamento. “Eles (os dois secretários) vão dar o tom do governo. Mas só poderemos avaliar (os dois secretários, de Administração e Planejamento, após as primeiras ações, identificar os primeiros remanejamentos e para que secretarias irão”, disse o deputado do Solidariedade.
O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) avaliou que a lista de auxiliares de Robinson Faria estão “consoante com o que ele se propôs, que foi buscar nomes mais técnicos, ouvindo os setores da sociedade”. Para Fernando Mineiro, o governador conseguiu realizar a engenharia política e trazer nomes técnicos para sua equipe de auxiliares.
Desconhecidos
O deputado estadual Raimundo Fernandes (PROS) observou que conhece poucos dos indicados do primeiro escalão de Robinson Faria. “Conheço Tatiana Mendes Cunha (que será chefe do Gabinete Civil) e Marcelo Toscano (que será o presidente da Caern). O restou não tenho conhecimento. Mas temos que confiar no Estado e em quem vai governar, nos administradores”, destacou.
O parlamentar do PROS ressaltou que é preciso governar “sem radicalismo, desarmado, preocupado com as dificuldades e em resolver os problemas do Estado”. Raimundo Fernandes observou ainda a necessidade de união entre o gestor e a bancada federal.
Um aspecto a ser ressaltado pelos deputados estaduais na relação dos nomes escolhidos com o trabalho a ser desenvolvido é a autonomia a ser dada pelo Executivo para os auxiliares. “Precisamos saber da autonomia que será dada pelo governador. Sem dúvida, é um grande desafio para os escolhidos”, destacou o deputado Gustavo Fernandes. Kelps Lima observou que é preciso saber se os secretários terão autonomia para montarem as suas equipes e a partir delas desenvolverem os seus trabalhos.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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