A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva aceitou ser candidata à
Presidência da República no lugar de Eduardo Campos, morto na
quarta-feira (13) em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista.
Candidata à vice na chapa do ex-governador pernambucano, ela recebeu em
seu apartamento em São Paulo durante toda a sexta dirigentes do PSB e
aliados da Rede - partido que tentou criar sem sucesso no ano passado.
Foram os primeiros encontros políticos realizados por Marina após a
tragédia.
>> Quem tem medo de Marina?A ex-ministra recebeu uma comitiva do PSB formada por Roberto Amaral, que assumiu a presidência nacional do partido após a morte de Campos, pelo coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira, por outro integrante da coordenação, Milton Coelho, pela deputada Luiza Erundina, e pelo porta-voz da Rede, Walter Feldman. O grupo indagou Marina sobre a candidatura. Ela respondeu, de acordo com relato dos presentes, que não se oporia "aos processos do partido".
No PSB, sigla à qual Marina aderiu em outubro do ano passado após não conseguir o registro da Rede, a maioria dos dirigentes apoia a candidatura da ex-ministra do Meio Ambiente. A escolha está ligada ao capital político de Marina, que quatro anos atrás, quando disputou o Palácio do Planalto pelo PV, obteve 19,33% dos votos e ficou na terceira colocação. Campos ainda não havia atingido dois dígitos nas pesquisas.
A decisão final sobre quem substituirá Eduardo Campos na disputa deverá ser tomada quarta-feira (20), em Brasília, durante reunião do Diretório Nacional do PSB com deputados e senadores do partido e líderes da legenda. A coligação tem até o dia 23 deste mês para informar à Justiça Eleitoral o nome de seu novo candidato à Presidência da República.
Segundo o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), não haverá dificuldade para que os partidos da coligação aceitem a ex-ministra como cabeça de chapa. Roberto Freire, presidente de outro partido da chapa, o PPS, também defendeu a candidatura de Marina. “Marina Silva vai unir os partidos da coligação", disse. Segundo o parlamentar, está se formando um consenso na coligação em torno da ex-ministra.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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