quarta-feira, 30 de julho de 2014
Conta de luz pode ter alta de até 30% em 2015
As contas de luz podem ficar até 30% mais caras, em média, no próximo ano. A estimativa foi feita por consultorias e representantes do setor elétrico a pedido do G1: entre quatro consultados, as estimativas variaram de 20% a 30% de reajuste em 2015. A alta deve ocorrer dois anos após as medidas do governo para reduzir em cerca de 20% a fatura.
“A gente não escapa de um aumento médio de 30% no ano que vem. Para os clientes de algumas distribuidoras, pode ser mais. Para os de outras, menos”, afirma Walfrido Avila, presidente da comercializadora independente de energia Trade Energy.
A sócia-diretora da consultoria PSR, especializada em energia elétrica e gás, Priscila Lino, estima alta semelhante, de 28%, em média, em 2015.
O aumento é superior ao de reajustes autorizados neste ano pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a tarifa de algumas distribuidoras, entre elas a Celpe (17,75%), a Eletropaulo (18,66%) e a Copel (24,86%), e que já haviam chamado a atenção por serem elevados.
A alta, no entanto, não é a mesma para todos os consumidores – ela varia entre as distribuidoras. E vai depender de uma série de fatores – alguns poucos previsíveis –, como a quantidade de chuvas nos próximos meses (para recuperar os reservatórios das usinas), além dos gastos passados das distribuidoras com a compra de energia térmica e no mercado à vista, investimentos e ganho de produtividade.
Origem da alta
A falta de chuvas é uma das principais responsáveis pela elevação da tarifa esperada a partir do ano que vem. Por causa da redução dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, as distribuidoras tiveram de comprar energia das usinas térmicas, que é mais cara porque elas são movidas a combustíveis, como óleo, gás e biomassa.
Em geral, as distribuidoras compram energia das hidrelétricas em leilões mediados pelo governo. As empresas que não conseguiram neles toda a energia que precisavam tiveram de recorrer ao mercado à vista, no qual a venda é feita diretamente pelas geradoras, e o preço chegou a patamar recorde.
Segundo as regras do setor, tanto o custo extra com as térmicas quanto com a compra de energia no mercado à vista deveriam ser pagos pelas distribuidoras nesse primeiro momento. Depois, elas seriam compensadas por meio de reajustes que acontecem todos os anos. Mas as empresas alegaram não ter recursos suficientes, e o governo lançou um plano de socorro.
Ele se comprometeu a colocar R$ 13 bilhões no setor elétrico neste ano com recursos orçamentários, e já admite que o total de empréstimos bancários às empresas pode chegar a R$ 17,7 bilhões. Este valor para socorrer as distribuidoras será repassado às contas de luz de todos os brasileiros a partir de 2015.
Contas
A estimativa de reajuste em 2015 de Priscila Lino, da PSR, considera inflação de 6% no período e o início da transferência, para os consumidores, dos empréstimos bancários.
De acordo com ela, também entraram na conta a previsão de aumento de custos com nova compra de energia pelas distribuidoras (para substituir contratos que vencem neste ano), o pagamento de encargos do serviço de transmissão de energia, além do aumento esperado na participação dos consumidores no financiamento da CDE, fundo do governo que banca ações no setor elétrico.
Os 28% de aumento consideram ainda uma medida que ajuda a puxar o reajuste médio para baixo: a transferência que o governo fará para as distribuidoras, em forma de cotas, da energia de hidrelétricas cujas concessões vencem em 2015. Serão cerca de 5 mil megawatts (MW) que poderão ser fornecidos a preços bem menores.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
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Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
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Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
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