A presidente Dilma Rousseff informou ontem (5) que a terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) deve ter como meta a construção de três milhões de moradias. Em discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento, Econômico e Social (CDES), Dilma disse que essa meta pode ser ampliada para 4 milhões, o que permitiria a entrega de um milhão de habitações por ano. Segundo ela, até o momento, o máximo entregue foram 960 mil moradias em um ano. "Então é possível chegar a esse número (4 milhões), mas não colocamos como meta. Três milhões é o mais realista que as empresas podem chegar. Meta é aquela que, quando você vê que vai cumprir, amplia", disse.
O anúncio do Minha Casa Minha Vida 3 era esperado na semana passada, mas não aconteceu.
Continuidade
Também ontem, o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, avaliou que a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida é "indiscutível". Falando a empresários do setor imobiliário em São Paulo, ele disse que tanto o governo atual como prováveis candidatos à Presidência já reforçaram o interesse em manter o programa. "O programa é uma porta importante e ninguém mudou de ideia", disse. "Algum aperfeiçoamento ou alguma melhoria é importante, mas a continuidade é indiscutível", complementou. Sobre o crédito para habitação, ele considerou que a perspectiva é de continuidade do crescimento. Ele avaliou que é preciso um esforço para que os empreendimentos imobiliários "caibam no bolso" dos compradores. "Hoje, uma renda de R$ 4 mil mensais financia um imóvel de R$ 150 mil e é preciso produzir produtos que caibam nisso", afirmou o vice-presidente. Duarte ainda considerou que o setor imobiliário precisa ficar atento aos prazos de entrega. "Hoje temos um terço dos empreendimentos em produção conosco que estão atrasados, ainda que dentro da margem legal de seis meses após a data do cronograma", afirmou. "A variável entrega tem um valor e vamos passar a olhar isso de uma forma importante", disse.
Avaliação
Durante seu discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento, Econômico e Social, Dilma Rousseff aproveitou para fazer um balanço do seu governo e da gestão anterior, do presidente Lula. Segundo a presidente, houve um avanço no modelo de concessões de rodovias em seu governo, porque, no governo Lula, não houve concessão para duplicação ou construção de terceira pista. "Se concedia para manter. O que não era bom", afirmou.
Agora, destacou a presidente, concessão de rodovias ocorre só para investimento em duplicação, em redefinição de percurso, modernização ou construção da terceira pista. Ela lembrou que foram alteradas as regras também para investimentos e cobrança de pedágio.
Dilma afirmou ainda que a estrutura de financiamento de longo prazo exige que haja condições de amortização e investimento adequadas com o que se exige do concessionário A presidente destacou a relevância do programa Água para Todos.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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