Cybervida

 
Na semana que passou, aconteceu em San Francisco, Califórnia (EUA), o Google I/O, a conferência anual em que a empresa mostra não apenas seus produtos, mas também em que direção caminha. E neste ano, em que ele comprou a Nest Labs e anunciou um protótipo de aparelho capaz de reconhecer o espaço ao seu redor, em 3D, não tinha como ser mais óbvia a caminhada a passos largos da empresa em direção à internet das coisas. Ah, e tem também o Android Wear, a versão do sistema criada para rodar em relógios "smarts" (foto). Você verá as novidades, de forma específica, na próxima página. Mas posso adiantar que o Chromecast ganha melhorias significantes, como o espelhamento de tela de dispositivos (o ponto forte do AppleTV), e o Android ganha versões para TVs e carros.
Meu sentimento em relação a isto tudo é muito ambíguo. Enquanto admiro o que o Google é hoje e os serviços que ele nos oferece de graça - como e-mail, agenda, mapas, hospedagem de arquivos, hospedagem de música, seus aplicativos para escritório, e claro, suas buscas - me preocupa um pouco a quantidade de tentáculos com que uma única empresa abraça nossas vidas.
Hoje, tenho consciência de que o Google sabe com quem falo quando uso o Gmail ou o Hangout, onde vou quando estou com a sistema de localização de meu celular ligado (se você usa Android, veja seus passos aqui: http://goo.Gl/T1IGxD). Mas a escala que isto tudo está ganhando (já são mais de 1 bilhão de telefones Android ativos no mundo) pode nos levar ao ponto em que o que antes era uma opção se transforme na única maneira.
Não seria a primeira vez que uma empresa norte-americana chegaria a um tamanho em que o governo fosse obrigado a agir. No começo do século XX, leis antitruste foram criadas para conter monopólios. Em 1983, o governo dos EUA ordenou que a AT&T Corp. (fundada em 1885), a maior empresa de telefonia do mundo, que chegou a ter mais de 1 milhão de funcionários, fosse dividida em sete empresas independentes e regionais (uma delas tornou-se a AT&T Inc. E outra a Verizon).
Apesar de o Google não ser um monopólio econômico, como foi a AT&T Corp., não me assustaria ver no futuro algo classificado como monopólio de sistemas de informação.
Cinturão Digital...
Recebi um press release da Secopa dizendo que o Wi-Fi da Arena Castelão chegou a atender, simultaneamente 25 mil pessoas. Bem, fui duas vezes à Arena e nessas duas vezes o telefone até conectou, mas não enviava nem recebia dados. Algum de vocês conseguiu usar a contento a conexão Wi-Fi, que seria de 80 Gbps, do Castelão? Respostas para o email, por favor.
Steam: último dia
Em todo verão, a Steam, plataforma de comércio eletrônico e administração de jogos da Valve, faz uma promoção violenta com vários pacotes de jogos com descontos que chegam a 80%. É uma ótima hora para se estocar de jogos. Hoje é o último dia das promoções de verão. Então, fica a dica para quem quiser aproveitar as ofertas de última hora em http://steampowered.Com.
 Postado Por:Daniel Filho de Jesus