segunda-feira, 12 de maio de 2014

Prefeito de Mossoró diz "Todas as mudanças terão em primeiro lugar a questão técnica"


Francisco José Júnior: Nós avaliamos com muita felicidade, alegria no que diz respeito ao resultado da eleição. Acordamos prefeito da cidade e com inúmeras dificuldades e com um orçamento que não fui eu quem elaborou, com uma equipe que não fui eu quem montou. Tivemos greves, mais de R$ 47 milhões em dívidas e categorias e serviços querendo parar, como a UTI pediátrica. Tínhamos filas no Hospital do Câncer e todos esses problemas. Conseguimos resolver um de cada vez. Além de manter os serviços essenciais, nós ampliamos com a BIC dos Abolições, a UPA do Belo Horizonte e fizemos a auditoria da folha de pagamento que estamos prestes a receber o relatório. Com isso a população aprovava a nossa administração. Tínhamos 74% de aprovação. O povo de Mossoró soube votar no sentido de reconhecer esse trabalho, votou livre e consciente e com a razão. Por isso que tivemos a maior votação que um prefeito já teve em Mossoró.
OM: O senhor participou de uma campanha atípica em todos os aspectos. Qual o peso da insegurança jurídica nesse pleito?
FJJ: Foi a primeira eleição suplementar, solteira. Espero que seja a última porque a cidade foi muito penalizada com isso porque ainda estamos sob conduta vedada. Agora mesmo estamos precisando contratar professores e não podemos. Temos uma série de obras para serem inauguradas que a gente não pode inaugurar. São benefícios como o próprio corte de terra que por não ter uma lei específica na cidade. Isso tudo é muito ruim para a cidade.A gente espera que a cidade volta ao trâmite normal e não aconteça mais essa questão jurídica. A gente buscou cumprir todas as regras eleitorais e a gente está muito confiante em poder exercer o nosso mandato até o final.

OM: Qual será a primeira medida que o senhor pretende tomar após a posse?
FJJ: Eu, na realidade, já comecei a trabalhar. No domingo, fui dormir às duas e meia da manhã e já estava acordado às seis para vir para a Prefeitura. Na realidade, como tivemos uma eleição com apoio de 15 vereadores e 12 partidos políticos e reconhecemos a importância desses apoios, a mudança que a gente pretende fazer a partir da posse é que se possa conversar com os partidos, para que eles possam dar uma contribuição também à nossa administração, com novas ideias para a construção de uma cidade melhor. Pretendemos fazer um conselho político com todos esses partidos, para que possamos nos reunir uma vez por mês a fim de ver e analisar o mês que passou e projetar o outro mês. As mudanças que nós vamos fazer a priori serão essas.

OM: E a reforma administrativa?
FJJ: Nós pretendemos, a partir de 2015, fazer uma reforma administrativa porque não podemos mudar o orçamento que está em exercício. A gente pretende desvincular o esporte da Secretaria de Educação, pretendemos transformar a Subsecretaria de Trânsito em Secretaria de Mobilidade Urbana. Estamos estudando uma forma de nossa Guarda Civil se tornar uma Secretaria de Segurança.

OM: Quais áreas que o senhor pretende fazer mudanças no secretariado para acomodar os partidos. Quais áreas devem sofrer modificações?
FJJ: A gente ainda não definiu. O que eu posso garantir a você e à sociedade é que todas as mudanças terão, em primeiro lugar, a questão técnica. Não vamos mudar secretário, se é que vamos fazer mudanças, e colocar por questões políticas. O segredo do sucesso da nossa gestão é colocar pessoas competentes. É lógico que tivemos que fazer mudanças em 24 horas no secretariado e a gente não teve tempo suficiente de pensar, de ver quais os quadros para a aquela secretaria. Embora eu esteja satisfeito com o secretariado que temos, foi feito tudo em cima da hora. Agora vamos pensar com mais calma. Temos até o dia da posse para pensar. Deverão haver algumas mudanças, mas pontuais.

OM: O que mais o preocupa na administração?
FJJ: Primeiro, a grande responsabilidade que eu tenho. Se antes quando fui colocado pela Justiça Eleitoral já tinha muita responsabilidade, imagine agora que tivemos quase 70 mil votos. A nossa responsabilidade triplica. Agora vamos assumir colocados pelo povo da cidade, embora a gente saiba que temos o apoio de vários partidos e terei um vice-prefeito. Antes, estava um pouco só. Agora teremos deputados federais, estaduais, senadores e o próprio Governo Federal. Isso nos deixa menos preocupados, mas a responsabilidade é muito grande.

OM: Qual o maior desafio?
FFJ: O maior desafio não só de Mossoró, mas do gestor, é a questão da saúde e da segurança. Tem a educação também, mas estamos com um índice acima do Ideb na média nacional. A qualidade das nossas escolas é muito boa no ensino, mas a gente precisa melhorar as condições das escolas reformando e ampliando. Além de construir novas escolas e qualificar os professores. Nós agora vamos investir em tecnologia, adquirindo mesas digitais. Tem a questão da segurança. Vamos chamar mais cem homens até dezembro, deixando a Guarda Municipal com mais de 300 homens. Ontem (quinta-feira, dia 8) tive uma audiência com o general-secretário e falei da questão da qualificação e do armamento da nossa guarda. Ele foi muito solícito. Queremos abrir novas BICs e incluir Mossoró no “Brasil Mais Seguro”. Todas essas medidas serão tomadas ainda este ano pela nossa administração. Na saúde, 60% dos problemas estão lá. A gente sabia que não poderíamos resolver em pouco tempo, e criamos uma espécie de modelo. Abrimos a UPA do Belo Horizonte, que hoje tem quatro médicos 24 horas e as pessoas não esperam 24 horas para serem atendidas. A gente precisa humanizar a saúde. Agora estaremos legalizando os médicos cubanos. Acredito que esta semana eles já vão estar nas UBSs e teremos 20 novas equipes do PSF. Vamos cobrir todas as equipes que estão faltando médicos e abrir outras.

OM: E o transporte?
FJJ: A maior aposta da gestão será relativa à mobilidade urbana. Nós iremos inovar, apostar na questão do transporte coletivo, em que o município irá subsidiar o transporte coletivo. Hoje as empresas têm uma concessão para operar na cidade. Elas cobram, e as pessoas pagam pelo serviço. O que a gente pretende fazer? Implementar o mesmo modelo que é referência de transporte público em Curitiba. O município cobra a passagem e paga por quilômetro rodado aos ônibus, consequentemente tanto faz eles rodarem com 10 ou 20 passageiros que vão receber do mesmo jeito e não vão mais atrasar. A gente poderá transformar esses ônibus em micro-ônibus climatizados e trazer ônibus novos. Precisamos de mais porque hoje só temos 17 e precisamos de, no mínimo, 50 ônibus. O custo disso é de R$ 600 mil. Hoje, as empresas arrecadam R$ 300 mil, e o município teria que subsidiar R$ 300 mil de transporte coletivo. De três a no máximo seis meses, quando tivermos mais ônibus com pontualidade, as pessoas irão usar cada vez mais o transporte coletivo e isso vai melhorar a mobilidade. É uma aposta. Em Curitiba, o transporte coletivo se tornou receita. Vamos tentar seis meses para depois estar lucrando com o transporte coletivo.

OM: O senhor esteve reunido com a governadora Rosalba Ciarlini. Como foi a conversa?
FJJ: A campanha passou. Eu fui como prefeito conversar com a governadora. Na pauta estavam o apoio ao Cidade Junina e a questão da Copa do Mundo, preocupa porque toda a segurança vai estar concentrada em Natal e havia o temor de a gente ficar aqui sem policiamento, mas ela garantiu o mesmo contingente policial dos outros anos. Solicitamos também a autorização da questão da creche do Caic do Belo Horizonte, que o município quer abrir e entrar em funcionamento. Pedimos a cessão de um terreno da Fundac para construir uma creche-modelo e pedimos também a cessão do posto policial do Vingt Rosado para que possamos reformar e a Rocam ir imediatamente para lá para dar segurança não só ao Vingt Rosado, mas aos Pintos e Alto da Pelonha.

OM: Quando o senhor faz a sua primeira agenda após ser eleito?
FJJ: Eu já tenho agenda para o dia 20, uma terça-feira. Temos um audiência marcada com o deputado Guimarães (José Guimarães, do PT cearense) no Ministério das Cidades para ver essa questão das casas, para diminuir o déficit habitacional. Também tem a questão do aeroporto, que a gente perdeu e Henrique, como presidente da Câmara, fez a intervenção. Veremos como está a situação, para a gente resolver a questão de terreno e assim garantir isso para 2015. Será uma das pautas. Teremos uma visita ao Ministério da Saúde para tratar em virtude de a gente estar bancando a nossa UPA do Belo Horizonte. Em dois meses, ela atendeu a mais de 14 mil pessoas e não recebeu nenhum recurso do Governo Federal. Por enquanto, temos essas três pautas, mas com certeza iremos aumentá-la.

OM: O senhor vai encarar mais de 20 processos de cassação na Justiça Eleitoral. Como o senhor analisa essa situação?
FJJ: Analiso com muita tranquilidade no intuito de eu achar que as duas coligações, uma que não chegou nem a ter candidata e outra que perdeu, entraram com essas ações no intuito de igualar as situações e colocar em dúvida a população, aumentando a insegurança jurídica. A gente teve o maior cuidado. A gente não visitou nenhum equipamento público. Como prefeito, eu tinha uma agenda de expediente corrida e cumpria toda dentro da Prefeitura. Eu coloquei um decreto proibindo qualquer servidor de sair da Prefeitura em horário de expediente para acompanhar qualquer candidato, sob pena de perda de função. Tivemos esse cuidado. Acredito que a Justiça Eleitoral teve poucas ocorrências em relação à minha militância. Respeitamos todos. Duvido que alguém tenha recebido alguma coisa em troca para alguém votar na nossa chapa. Então, a gente respeitou a Justiça Eleitoral, as regras e estamos muito tranquilos.

OM: Como o senhor analisa o fato de a maioria das ações ser movida por Cláudia Regina?
FJJ: A gente lamenta muito. Até porque antes de assumir a Prefeitura eu era aliado político da prefeita. Ajudei-a muito como presidente da Câmara. Em nenhum momento da minha gestão cheguei a agredi-la ou falar mal dela. A Justiça está aí para ser provocada e julgar. A gente lamenta, mas estamos tranquilos.

OM: Vai ter eleição da mesa diretora da Câmara. Como o senhor vai se posicionar?
FJJ: Olhe... eu fui presidente da Câmara duas vezes. É um momento do Poder Legislativo, uma votação que independe dos partidos. Todo mundo tem o mesmo voto, é a eleição de um colegiado. Como prefeito, prefiro não participar ou me intrometer nessa eleição. Agora é lógico... a nossa bancada tem 15 vereadores e seria mais tranquilo que fosse algum presidente dentro desses 15. Se vão ser duas eleições ou só compete ao Legislativo.

OM: É natural que o senhor apoie Robinson para o Governo e Fátima para o Senado. Mas para deputados estadual e federal, qual a posição?
FJJ: Eu sou uma pessoa de posição e acredito que uma das maiores virtudes do ser humano é a humildade e o reconhecimento. Eu sou uma pessoa de partido e estou com Robinson há mais de oito anos e recebemos o apoio do PT para compor a nossa chapa, e a deputada Fátima Bezerra esteve aqui. Ainda não existem candidaturas, mas pré-candidaturas e havendo a confirmação dessas candidaturas eu vou apoiar meu partido. Se Robinson vai estar com Fátima, nós iremos acompanhar. Em relação a deputado federal, meu compromisso é com Fábio Faria e isso eu sempre deixei muito claro para o grupo da ex-prefeita Fafá Rosado. Para estadual, meu voto será para Leonardo Nogueira por gratidão e reconhecimento ao apoio. Não vai ter nenhum nome novo. Muita gente fala que meu pai vai ser candidato, que minha esposa vai ser candidata, mas não serão porque sou uma pessoa de compromisso, e minha chapa está fechada para outubro.

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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PORTO ILHA AREIA BRANCA-RN -Em 1974 foi inaugurado o porto-ilha de Areia Branca, o principal escoadouro do sal produzido no Rio Grande do Norte para o mercado brasileiro. Situado 26 quilômetros a nordeste da cidade e distante da costa cerca de 14 milhas, consiste em um sistema para carregamento de navios com uma ponte em estrutura metálica com 398m de comprimento. O cais de atracação das barcaças que partem de Areia Branca tem 166m de extensão e profundidade de 7m. Ali o sal é descarregado para estocagem em um pátio de 15.000m2 de área e capacidade para 100.000t. O porto-ilha movimenta em média 7000 toneladas de sal por dia.

MINHA CIDADE -

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



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Dinastia: Bragança