Dadá Maravilha não fez sucesso apenas em campo. O folclórico atacante também brilhou com frases inesquecíveis, como a famosa "Apenas três coisas param no ar: um beija-flor, um helicóptero e Dadá Maravilha". Exímio cabeceador, Dario fez fama no Atlético-MG e no Internacional. Carismático, o ex-centroavante chegou à seleção brasileira mais aclamada de todos os tempos cercado de polêmica (na época da ditadura, o então general Emílio Garrastazu Medici era fã do atacante e defendia sua convocação) e participou do elenco campeão mundial em 1970, ano do tri do Brasil. Personagem da série "Pitaco de Campeão" e conhecedor como poucos do posto de centroavante, Dadá Maravilha, de 68 anos, confia em Fred, o camisa 9 da Seleção na Copa de 2014."Fred é titular absoluto. Ele tem a cara da Seleção. Se estiver bem, é incontestável. Acho que tem outros bons nomes surgindo, não é uma posição tão carente assim. Eu era um grande representante quando jogava. Na bola aérea, o Dadá é o melhor do planeta", afirmou o "Peito de Aço".
Dario foi um dois maiores goleadores da história do futebol brasileiro, tendo marcado 926 gols oficialmente. Artilheiro nato, sabia como poucos se posicionar dentro da grande área. Mas para Dadá, o setor ofensivo não é o setor mais eficiente da Seleção na busca do hexacampeonato."A defesa do Brasil, surpreendentemente, foi bem na Copa das Confederações, foi o nosso ponto alto. O Felipão privilegiou o combate, a marcação. Isso fez com que o Brasil controlasse todos os jogos. Ninguém conseguiu correr e combater como nós. Por isso, somos favoritos", disse, para depois revelar seu maior receio.
"Sobre a Copa, minha maior
preocupação não é dentro do campo, mas fora dele. Tenho andado muito
pelo país, e as pessoas estão muito revoltadas. A chance do boicote ao
Mundial é grande. Ninguém está satisfeito com os privilégios que alguns
estão tendo com a Copa e isso pode gerar muito conflito, muita
violência", declarou o ex-atacante.
Em 1970, a chegada de Zagallo ao
cargo de técnico da Seleção, no lugar de João Saldanha, promoveu
alterações no esquema tático e na forma de jogar do time, mudanças
decisivas na conquista do tricampeonato. Apesar das diferenças entre os
estilos da equipe, Dadá vê em Felipão uma importância semelhante à do
Velho Lobo para mobilizar o grupo atual na busca pelo hexa.
"De craque nesse time só tem o Neymar. Só que ele precisa ter um pouco mais de humildade. Está muito longe de ser um Pelé ou um Garrincha. No Barcelona, ele tem sido às vezes até reserva. Acho que se voltar a jogar o que jogou na Copa das Confederações pode ser o melhor. Atualmente tem sido um jogador comum. Naquela competição, ele foi mágico e se aproximou de ser um grande ídolo", concluiu Dadá Maravilha.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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