terça-feira, 1 de abril de 2014
Quando o odor da boca vira um tabu
A halitose é um sintoma de alguma doença ou é independente disso?
Pode ser. Existem casos em que a halitose se apresenta como um sintoma de doenças ou alterações, sendo inclusive um importante sinalizador. Um exemplo clássico é o diabetes. Os pacientes diabéticos descompensados costumam ter um hálito muito alterado e isso é um dos fatores que auxiliam o diagnóstico da descompensação da doença. Já em outros casos, a halitose acontece sem ter relações com doenças, apenas por razões fisiológicas ou de adaptação do organismo.
Quais são as possíveis causas?
São cerca de 90 causas de origens diversas. Há as patológicas (doenças), as fisiológicas e os processos adaptativos do organismo. As bucais são as mais comuns. Geralmente, a halitose ocorre com a produção ou absorção de gases mal cheirosos e voláteis que evaporam e saem pela boca e/ou narinas, percorrem o ar e atingem o olfato de uma pessoa. Os gases podem ser produzidos na boca, nas vias aéreas, no estômago ou na corrente sanguínea, e absorvidos com alimentação, medicamentos ou cosméticos.
Geralmente, como é descoberta?
"Cheirar" o pulso após lamber ou colocar as mãos "em concha" para sentir o odor do próprio hálito não funciona como indicativo de percepção da halitose. Não é possível, já que temos a 'fadiga olfatória'. O nosso olfato, após alguns minutos ou segundos, acostuma-se com odores constantes, perdendo a capacidade de sentir odores frequentes. O odor fica impregnado no 'bulbo olfativo' e as células perdem a sensibilidade por ele. Infelizmente, muitas pessoas pensam ser portadoras de halitose por reações em outras, como se afastar ao falar, passar a mão no nariz, oferecer balinhas e ações do tipo. Isso não condiz com a realidade. O correto é saber por pessoas de sua confiança. São a minoria, mas são os casos mais confiáveis.
A higiene bucal elimina a halitose?
Falar simplesmente em higiene bucal é insuficiente. Claro que a higiene bucal tem grande importância, mas eliminar a halitose depende de curar ou controlar as causas que geram a alteração do hálito. Um exemplo disso é a causa principal da halitose: as alterações de salivação. Mesmo com a melhor higiene bucal, se a doença na glândula salivar não for curada, a halitose não some. Tratar halitose significa identificar as causas e tratar cada uma delas.
A alimentação influencia?
Sim, bastante. Há alimentos que contribuem indiretamente e outros que podem causar halitose diretamente. Além disso, o intervalo entre as alimentações é muito importante. Deve ser, no máximo, de três a quatro horas. O ideal seria cerca de seis refeições por dia: café, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia noturna.
A água exerce influência sobre a halitose? De que forma?
Muita. Água é o "combustível" principal para a produção de uma saliva de boa qualidade e em grande quantidade. A saliva ideal deve ser fluida, aquosa e em alta quantidade para promover boa lubrificação. Assim, a salivação baixa contribui para o processo de halitose e a baixa ingestão de água contribui para uma baixa produção de saliva. Beber água "molhando a boca" durante a ingestão é fundamental. Além disso, o consumo de água deve ser fracionado: em pequenas porções e várias vezes ao dia.
Que alimentos potencializam-na?
Os alimentos com enxofre na composição (alho, cebola, repolho, brócolis, couve, ovos, picles, mostarda, etc.), os quentes, salgados e condimentados (picantes), os que geram aumento de adrenalina (energéticos, ricos em cafeína, cacau, guaraná), os ricos em proteína animal (especialmente leites e derivados e carne vermelha) e os ricos em frituras e gorduras.
Há alimentos benéficos a quem tem halitose?
Aqueles que contribuem para a boa higiene bucal por ação detergente natural (os ricos em água como a maçã), agindo por adstringência, removendo parte da placa dentária e da saburra lingual. Existem ainda os que aumentam a produção de saliva por estimular a mastigação (os duros e ricos em fibras). Podem contribuir para um bom hálito, mas não obrigatoriamente evitam a halitose.
Além do dentista, outro médico pode ser procurado para tratá-la? Depende da causa da halitose. A de origem sistêmica pode ser por várias vias e haverá um encaminhamento ao especialista da área afetada. No geral, os encaminhamentos são para otorrinolaringologista, endocrinologista, nutricionista, psicólogo, gastroenterologista (menor número de casos), etc.
Que efeitos ela traz a quem a tem?
A halitose é, definitivamente, um grave problema social que afeta a vida de seu portador, interfere nas relações sociais e na qualidade de vida. Ter halitose gera repercussões nos âmbitos profissional, íntimo, pessoal e emocional. São recorrentes queixas de depressão, baixa autoestima, constrangimento, afastamento social, aumento da timidez e insegurança.
A halitose é um tabu?
Com certeza. Mas a grande culpada é a desinformação, tanto por parte dos profissionais quanto da população leiga em geral. A crença de que ela ocorre por má higiene ou problemas de estômago gera tabu. Quem tem halitose não fala sobre o assunto, não pergunta, sente-se constrangido sempre que nota "sinais" ou reações de outras pessoas e sempre crê que isso acontece porque os outros percebem sua halitose.
Como identificá-la? E o que fazer?
A melhor forma de saber é perguntar a alguém de sua confiança se percebe o mau hálito. Quando essa opção não é possível ou se o problema existe mesmo, o ideal é procurar um profissional que seja capacitado para realizar esse tipo de tratamento. Fazer uma avaliação criteriosa para que seja estabelecido um diagnóstico correto é fundamental, já que o tratamento é baseado na resolução das causas da halitose.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
Ordem: 1.º Imperador do Brasil
Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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