quinta-feira, 3 de abril de 2014

Papa declara padre José de Anchieta como santo

  
O papa Francisco oficializou, na manhã desta quinta-feira (03), a canonização do padre José de Anchieta, que se torna assim o terceiro santo brasileiro. Segundo a Rádio Vaticano, canal da Santa Sé, o papa ouviu um relatório sobre a vida e a obra do chamado apóstolo do Brasil e, em seguida, assinou o decreto que reconhece Anchieta como santo. 
"A santidade do grande homem de Deus foi reconhecida", disse o padre César Augusto, vice-postulador da causa que atuou como uma espécie de advogado de defesa da canonização. 
A cerimônia encerra um longo processo de canonização do Vaticano, iniciado em 1597, logo após a morte do jesuíta nascido nas Ilhas Canárias. Anchieta veio para o Brasil em 1553 e participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, berço da capital paulista. 
A assinatura do decreto de canonização estava prevista para a quarta-feira (2), mas foi adiada em razão da agenda do papa, segundo o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer. 
Segundo o arcebispo, a demora no processo de Anchieta decorreu da difamação sofrida pelos padres jesuítas no século 18, o que levou à expulsão da ordem do Brasil em 1759. 
Outro entrave para o processo era a falta da comprovação de milagres. Tradicionalmente, são necessários pelo menos dois para que alguém seja declarado santo: um para a beatificação, outro para a canonização. Anchieta não tem nenhum. 
O milagre porém foi dispensado pelo papa Francisco: João Paulo II fez o mesmo quando confirmou a beatificação de Anchieta. "Milagre não é o mais importante. Não é o santo quem faz o milagre, é Deus, por intercessão do homem", disse Scherer ontem. 
O Brasil tem outros dois santos, Madre Paulina (nascida na Itália), canonizada em 2002, e Frei Galvão, que recebeu o título em 2007. Nascida na Itália, ela foi canonizada 60 anos após sua morte. Já no caso de Frei Galvão, único santo nascido no Brasil, a nomeação demorou 185 anos. 
Santo sem milagres 
No Brasil, pelo menos três milagres atribuídos a Anchieta eram acompanhados pela Igreja Católica. Padre Augusto explica, porém, que obstáculos como a falta de exames médicos dificultavam a comprovação desses feitos --para que os milagres sejam reconhecidos, é preciso provar que não existe explicação científica para o fenômeno. 
A dificuldade em comprová-los levou a uma mudança de estratégia. A alternativa foi investir na amplitude da devoção e provar que Anchieta já tinha seguidores e fiéis. Deu certo. 
"Podemos assegurar, com nomes e endereços, que Anchieta possui mais de cinquenta devotos e multiplicadores de sua causa em cada Estado, sem falarmos da forte devoção nas Ilhas Canárias", afirma padre Augusto. 
A concessão do título de santo sem a comprovação de milagres não é inédita. Em dezembro passado, o próprio Francisco declarou santo outro jesuíta sem milagres reconhecidos, o padre Pierre Favre. Já o papa João 23, que também será canonizado em abril, teve um milagre reconhecido quando virou beato, mas será declarado santo sem uma segunda ocorrência. 
Francisco é o primeiro papa jesuíta, ordem à qual pertencia Anchieta. Porém, para o padre Augusto, esse aspecto comum a ambos "não deve ter ajudado na canonização". Ele diz não conhecer nenhum relato de devoção do papa ao beato. 

A canonização de Anchieta, por decreto, foi decidida após um pedido da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) feito diretamente ao papa.  Para comemorar a sagração, a arquidiocese de São Paulo tocará o sino de todas as igrejas da cidade simultaneamente e realizará missa em homenagem ao religioso. Apesar de ter nascido nas Ilhas Canárias, Anchieta ficou conhecido como o "apóstolo do Brasil" por sua atuação no país. Além de ter participado da fundação de São Paulo, em 1554, ele esteve também no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e em cidades do Nordeste.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



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Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



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Dinastia: Bragança