Ainda não vai ser este ano que os aposentados e pensionistas do INSS terão um partido político para lançar candidato a presidente da República. Apesar dos esforços para organizar e legalizar a legenda, o Partido dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (PAI) ainda não saiu do papel. O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins (foto), revelou à coluna que o partido precisa receber 150 mil assinaturas de apoio e, assim, atender aos trâmites do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o dirigente, seria preciso alcançar 500 mil nomes para garantir o registro da agremiação política na Justiça Eleitoral a tempo de poder disputar as eleições de 2014.
O presidente da Cobap lamentou, mas considera praticamente impossível atingir a marca de 500 mil assinaturas exigidas pelo TSE. Segundo ele, o pessoal encarregado de fazer o trabalho de coleta de nomes tem se esforçado e já chegou até agora, pelos cálculos do dirigente, a 350 mil assinaturas.
Segundo Warley Martins, o objetivo, ao conseguir registrar o
PAI no TSE, seria o de ter condições de lançar candidato à sucessão da
presidenta Dilma Rousseff, disputar cadeiras na Câmara dos Deputados, no
Senado e postos de governadores nos estados.
O dirigente garantiu à coluna que o PAI tem,
pelo menos, 20 diretórios estaduais organizados, inclusive o do Rio,
cuja presidenta é Yedda Gaspar, também presidenta da Federação das
Associações de Aposentados do Estado do Rio (Faaperj). O partido também
teria representação organizada em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do
Sul e Santa Catarina, entre outros.Warley conta que a futura legenda já recebeu apoio de parlamentares de outros partidos ligados a causas dos aposentados. Entre eles, o senador Paulo Paim (PT-RS), os deputados federais Cleber Verde (PRB-MA) e Marçal Filho (PMDB-MS).
Ele confirmou que quando o partido estiver legalizado, os dirigentes do PAI convidarão parlamentares para migrarem para a legenda. Warley chegou a fazer um cálculo de que o partido pode nascer com 15 deputados e pelo menos três senadores.
Para o presidente da Cobap, a criação do PAI vai fortalecer cada vez mais a luta da categoria em todo o país. Warley Martins afirma que, com uma representação forte no Congresso Nacional e nos estados, a pressão será maior para que as reivindicações de 60 milhões de idosos sejam atendidas.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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