
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), recebeu na tarde desta quarta-feira (19) a carta de renúncia (leia a íntegra ao final desta reportagem) do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Em seguida, a carta foi lida no plenário pelo deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE). A leitura da carta no plenário é necessária que o ato de renúncia seja oficializado.
A carta foi entregue a Henrique Alves no início da tarde desta quarta pelo filho de Azeredo, Renato Azeredo, que foi à Câmara acompanhado do advogado do ex-deputado. O motivo da renúncia são as acusações da Procuradoria-Geral da República de que Azeredo se beneficiou do esquema do chamado "mensalão mineiro". A PGR pediu 22 anos de prisão para o parlamentar.
Azeredo nega as acusações, considerada por ele "injustas" e "agressivas". "As alegações injustas, agressivas, radicais e desumanas da PGR formaram a tormenta que me condena a priori e configuram mais uma antiga e hedionda denúncia da inquisição do que uma peça acusatória do Ministério Público", diz Azeredo na carta de renúncia.
Na carta, ele diz ter as forças "exauridas", o que acredita apresentar "sério risco" para sua saúde - o ex-deputado tem 65 anos - e também para a integridade de sua família. Azeredo afirmou na carta que decidiu renunciar para se dedicar à defesa de sua honra e liberdade.
A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara informou que a vaga de Azeredo será ocupada pelo deputado João Bittar (DEM-MG), que hoje é suplente. Para a vaga de suplente, será convocado como primeiro da lista Ruy Muniz (DEM-MG). Caso Ruy decida por não seguir no mandato, será convocado Edmar Moreira (PR-MG).
A assessoria de imprensa do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) anunciou nesta quarta que o parlamentar vai renunciar ao cargo. O filho do dele, Renato Azeredo, viajou de Belo Horizonte para Brasília para entregar a carta de renúncia Henrique Alves. O teor da carta e o motivo da renúncia não foram divulgados.
No dia 7 deste mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugere a condenação do deputado federal Eduardo Azeredo a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
No final desta tarde, o presidente do PSDB em Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, fará discurso no plenário da Câmara relatando a situação de Azeredo. O teor do discurso não foi divulgado.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Nenhum comentário:
Postar um comentário