domingo, 8 de dezembro de 2013

"Tudo explodiu no meu colo"

Feliz com as obras em andamento que podem justificar o slogan de campanha “Pra Fazer Acontecer”, encantada com  o estádio Arena das Dunas pelo potencial que um megaevento como a Copa do Mundo oferece ao turismo, mas preocupada com a possibilidade de um novo período de seca, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) está chegando ao fim do terceiro ano de mandato e entrando num momento decisivo para seu futuro político. Sobre eleições ela desconversa, prefere falar dos R$ 20 bilhões previstos para investimentos, dos 700 quilômetros de adutoras, do projeto do novo porto.

Se a empolgação permeia os comentários sobre os projetos que abraça, a franqueza se sobressai quando fala sobre medidas amargas que teve de tomar, mesmo sabendo do desgaste político. “É uma marca de minhas administrações. Sempre deixei as coisas ajustadas. Eu me apaixono pelas causas e as enfrento. Sei que há desgaste, tenho consciência das pesquisas, mas o mais importante é fazer.”

Nesta entrevista, ela demonstra preocupação com a seca, que poderá criar um colapso no abastecimento dos municípios do sertão potiguar, onde vivem atualmente 1,5 milhão de habitantes, e diz que está pagando o preço de tudo de ruim  feito no passado.Existe um cenário de crise política e econômica na sua gestão?
A crise se configura quando a economia está parando ou retroagindo. E isso não está acontecendo. As estatísticas mostram que o Rio Grande do Norte está avançando em termos de desenvolvimento econômico. Se um Estado estivesse vivendo essa crise que se comenta, será que estaria atraindo investimentos, os empresários estariam investindo em novas indústrias, novas espaços de comércio, novos empreendimentos turísticos? E uma coisa interessante: existem novos polos de desenvolvimento no interior. Se você for a Pau dos Ferros vai ver a transformação. [Na semana passada] chegamos em Parelhas e utilizamos um aeródromo de um particular, de uma indústria que foi implantada no começo de 2012 e já está duplicando sua capacidade. Só a fábrica está dando 300 empregos diretos. Se chegar em Baraúna, vai encontrar um distrito industrial consolidado. O investimento da Votorantim e mais duas que estão se implantando lá é de R$ 700 milhões. Para retirar o cimento de lá são necessárias 700 carretas por dia. Se você chegar em São José do Seridó, o prefeito vai dizer que lá existe emprego pleno. E por que isso está acontecendo lá? Porque é um polo de confecção. Isso é uma realidade que, daqui (de Natal) não se tem essa percepção.

E a reforma do Proadi pedida pelos empresários?

Nós acatamos em parte as reivindicações dos empresários. No Rio Grande do Norte há uma diferença em relação a outros Estados.  O nosso representa uma renúncia fiscal de R$ 30 milhões, mês. Mas esse valor, que não recebemos, é contabilizado para não prejudicar o Fundo de Participação dos Municípios, o Fundeb. A solicitação da Fiern é que os incentivos  possam ser prorrogado além do previsto na lei atual (20 anos).  O que estamos colocando na negociação? Que essa prorrogação seja feita em troca de uma série de garantias. E não pode ser prorrogado indefinidamente. Concordamos com a proposta, mas que seja numa situação de expansão, que gere mais empregos.

As críticas sobre o setor eólico têm razão de ser?

Participo dessas discussões desde que era senadora. Quando assumi, havia uma reclamação muito grande do setor. Fizemos uma reunião discutindo os obstáculos. Atendendo a uma reivindicação deles, criamos um setor específico para agilizar os processos de licenciamento ambiental. A partir daí, as empresas nunca me procuraram com essa reclamação. Ninguém deixou de participar de leilões ou de montar seu parque eólico por entraves ambientais. Na questão das eólicas, o Estado tem feito sua parte e dado seu apoio.

Até que ponto a quebra de alianças políticas prejudica os investimentos?

Uma coisa são as alianças eleitorais e outra a consciência de que o Estado não é de um partido nem de outro. Temos de estar unidos. Tenho procurado e tido respostas muito positivas das parcerias com o governo federal. Aprovamos R$ 1,4 bilhão para saneamento básico, coisa que nunca aconteceu e que é fundamental. Em primeiro lugar para a saúde, em segundo lugar para a sustentabilidade econômica. Desenvolvimento não se faz sem a garantir de saneamento básico. Um Estado que tem vocação turística, como o nosso, não pode deixar que a falta de saneamento prejudique nosso cartão de visita que são as praias, as lagoas. Quando assumi, encontrei muitos problemas. Um deles, o Distrito Industrial de Macaíba que não tinha saneamento nem pavimentação. Eles exportam para o exterior. O sinal amarelo já estava aceso porque os Estados Unidos não mais vão aceitar produto de um local que não tem saneamento.

A Inframérica defende a adoção de incentivos para atrair voos e tornar o RN mais competitivo em relação aos outros Estados. É possível atender às reivindicações?
Uma coisa que já praticamos hoje é a isenção [da tarifa de ICMS para o querosene de aviação] que é zero para voos internacionais. O Ceará baixou agora para 12% e baixou para novos voos internacionais. Eles deram também para operações de manutenção de aeronaves. Sabe o que significa a renúncia do ICMS para voos internacionais? R$ 700 mil por semana. Logo que assumimos, fizemos uma lei dando isenção de ICMS para Mossoró e Caicó como forma de criar a aviação regional, mas não apareceu nenhum interessado.

E o gargalo do porto? Como anda o projeto da construção de um novo terminal portuário?

Precisamos de um novo porto. Não há possibilidade de expansão de nosso porto devido a questões de ordem ambiental, temos o projeto de construção de um porto entre Macau e Porto do Mangue, mais viável tecnicamente e ficaria próximo das áreas de exploração de minério,  petróleo, cimento e fruticultura. Estamos discutindo com o governo federal e apostando numa parceria público privada, como ocorreu com o aeroporto e o Arena das Dunas.

Governadora, e o Terminal Pesqueiro? A construção naquele local foi um erro de planejamento?

Foi. Estamos trabalhando numa saída provisória para escoar a produção porque ele é fundamental para nossa pesca.

A senhora chegou a temer que o Arena das Dunas não ficasse pronto para a Copa do Mundo?

Imagine meu dilema, quantas noites passei pensando. Problemas de toda ordem  quando assumi o governo e ainda surge esse problemão que era a garantia de R$ 400 milhões a uma empresa e o Estado na situação que estava. Era uma decisão minha. Se não desse [a garantia] não teríamos o Arena. Mas decidi correr esse risco porque Natal não podia perder a Copa. Para você ter ideia, o valor do Arena se paga cinco vezes só com a realização da Copa. De acordo com estudos técnicos, a movimentação de tributos que teremos durante a Copa com hotéis ocupados, etc., será da ordem de R$ 2 bilhões. Sabe quanto custou o Arena? R$ 420 milhões, sem o Estado ter tirado um único centavo de seus cofres. É uma coisa que precisa ser dita  porque ficou a imagem de que o Estado tirou dinheiro da Educação e da Saúde para fazer o Arena. Esperamos que, com essa lucratividade, se pague ao BNDES. O nosso “trade” turístico tem que valorizar isso.

A Copa será uma vitrine para o turismo do Rio Grande do Norte...

É uma porta escancarada para todo o mundo. Eu já dei entrevista até para a Al-Jazira (mais influente rede de TV do mundo árabe), televisões do Japão e da Inglaterra. Estamos recebendo agora 22 jornalistas da Ásia e da Europa. A nossa Arena é mais bonita e Natal está encantando a todos que vêm aqui. E foi  por causa da Copa que estão vindo verbas para as obras de mobilidade.

O trade turístico chora demais?

Olha, não é bem isso! Acho até que estamos precisando conversar mais para que eles entendam o tamanho do investimento que o RN vem fazendo para dar as condições estruturais ao turismo para crescer. A Copa é o maior evento. Fora outros que trouxemos para cá.

O Governo tem algum plano B para enfrentar um novo ano de seca? Ou vamos ter de rezar para que isso não ocorra, já que no semiárido vivem 1,5 milhão de pessoas?

Minha maior preocupação, hoje, é com a seca. No primeiro ano de seca você faz as medidas emergenciais e estruturais, mas nada substitui as chuvas. Sempre tem alguém dizendo que o governo não está fazendo nada, embora a gente esteja trabalhando. O segundo ano agudizou o problema. Não tivemos safra (cultura de subsistência) e houve queda na produção de castanha, na cadeia do leite, na mandioca. No segundo ano o Estado começou a sentir o efeito na economia. Tanto que nossa expectativa de crescimento do ICMS foi frustrada. Esperávamos 10 a 12% e não chega a 8%. Estamos fazendo essa avaliação agora no final do ano. O sertanejo diz que o ano terminado em 4 é bom de inverno. Conversei com o Dr. Carlos Nobre, do Inpe, ele disse que até agora não tem nada de concreto sobre a previsão de inverno.

E as reivindicações salariais do servidores?

Recebemos uma herança de planos salariais aprovados pela Assembleia Legislativa, encaminhados pelo governo passado que, no caso de algumas categorias, triplica salários. A  Assembleia aprovou, mas temos que ficar de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Foram muitos planos. É um direito dos servidores brigar por seus direitos. Mas se o Estado não tem os recursos?

Mas o Estado, a cada mês, não está arrecadando mais do que gasta?

É isso o que vocês precisam entender. Se o Estado estivesse com toda essa condição teríamos passado pela situação de setembro e outubro de não poder pagar a folha toda dentro do mês? Agora mesmo estão faltando 2%. Quando o Estado pega o ICMS, que este ano não está correspondendo ao crescimento previsto no orçamento, isso não gera superávit. Salário mínimo subiu, o remédio subiu, alimentação dos presos subiu, escola aumentou, tudo aumentou. Assumimos com um déficit de mais de 800 milhões e em situação de inadimplência. Não tinha dinheiro para nada. Um dia desses entramos no Cauc por causa de uma dívida trabalhista de 1974, da Fundac. Tivemos de fazer o pagamento para sair do Cauc e assinar com o Banco Mundial. Não sei o que é isso. Tudo, tudo, tudo nestes 2 anos e onze meses, explodiu no meu colo.

E como a senhora espera deixar 2014? Com as contas em dia?

É uma marca de minhas administrações. Fui administradora da Unimed, prefeita três vezes de Mossoró, diretora de hospital público e privado durante 12 anos e sempre deixei as coisas ajustadas. É uma coisa de criação. Procure no Rio Grande do Norte uma dívida da cidadã Rosalba que você não vai encontrar. Espero trabalhar pelo meu Estado. Acho que não tenho característica de política. Aliás, não sei como entrei na política. Eu me apaixono pelas causas e enfrento. Sei que há desgaste, tenho consciência [do que dizem as pesquisas], mas o mais importante é fazer.”

A senhora vai querer entrar 2014 já com nova equipe?

Quanto antes melhor, mas não há essa pressa de entrar 2014. É bom que eles fiquem liberados para a campanha. Vamos ter mudanças agora em função do pedido de exoneração do secretário de Turismo. 

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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PORTO ILHA AREIA BRANCA-RN -Em 1974 foi inaugurado o porto-ilha de Areia Branca, o principal escoadouro do sal produzido no Rio Grande do Norte para o mercado brasileiro. Situado 26 quilômetros a nordeste da cidade e distante da costa cerca de 14 milhas, consiste em um sistema para carregamento de navios com uma ponte em estrutura metálica com 398m de comprimento. O cais de atracação das barcaças que partem de Areia Branca tem 166m de extensão e profundidade de 7m. Ali o sal é descarregado para estocagem em um pátio de 15.000m2 de área e capacidade para 100.000t. O porto-ilha movimenta em média 7000 toneladas de sal por dia.

MINHA CIDADE -

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



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Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



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