Acampados desde o dia 21 de agosto em frente à residência oficial da governadora Rosalba Ciarlini, no bairro de Lagoa Nova, os servidores da saúde pública do Rio Grande do Norte decidem hoje se vão ou não manter o movimento de greve em vigor desde o dia 1º do mês passado. Ontem, o Governo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), apresentou uma proposta à categoria; proposta esta que, considerada concreta, pode ser aprovada ainda na manhã de hoje. Isso representaria o fim da greve de mais de um mês.
Os manifestantes representam apenas uma das categorias que no momento se encontram com as atividades paralisadas. Policiais civis também definem o rumo de seu movimento hoje, assim como delegados se reúnem com representantes do Executivo. Professores da rede pública, que estavam de braços cruzados até a quinta-feira da última semana, voltaram às atividades na manhã de ontem.
O Governo está certo que ainda esta semana todas as greves em vigor tenham um fim. A que demonstra estar mais perto desse destino é justamente a paralisação dos trabalhadores da Saúde, o movimento que mais longo dentre os demais.
Na manhã de ontem, a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde/RN), Simone Dutra, saiu de onde os servidores se aglomeravam – na casa da governadora – e foi à sede da Sesap, na Avenida Deodoro da Fonseca, buscar um documento assinado pelo próprio secretário da pasta, Luiz Roberto Fonseca e que continha uma proposta do governo para tentar o fim da greve da categoria.
De posse dos papéis assinados pelo secretário, Simone Dutra voltou à casa Ciarlini para apresentar aos colegas de classe o que o governo tinha a oferecer. A principal reivindicação dos servidores é a implantação da tabela salarial elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No documento oficial, a proposta é contemplada. A Sesap assume o compromisso de corrigir a tabela do Plano de Cargos, Salários e Remuneração (PCCR), e implantar a tabela correta, com o internível definido pela diferença de 3% entre os níveis.
A tabela seria resultado do trabalho da comissão do PCCR, que prepararia um Projeto de Lei a ser enviado à Assembleia Legislativa em até 45 dias. O único ponto que traz divergência entre a categoria e o Governo é o longo tempo para a implementação dessa tabela. O calendário proposto pela secretaria prevê o pagamento em março/2014 (nível elementar); abril/2014 (nível médio) e maio/2014 (nível superior).
“Pedimos a correção da tabela, que é referente à Lei Complementar número 333, de 2006. O único problema é o tempo. O prazo de pagamento proposto é muito longo, só acontece a partir de março de 2014”, afirmou a assistente social do Hospital Walfredo Gurgel, Rosália Fernandes, também representante da diretoria do Sindsaúde.
A Sesap justifica que há um estudo sendo realizado sobre o impacto desses reajustes aos cofres públicos. A pesquisa realizada pela Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) só fica pronta em fevereiro de 2014. De antemão, Fonseca diz que o impacto seria de aproximadamente 4,5 milhões por mês.
Entre 20 e 30 manifestantes permanecem com acampamento levantado em frente à casa da governadora do estado. Diariamente passam pelo local 300 pessoas. A proposta é que a estadia na calçada da casa de Rosalba Ciarlini permaneça até o fim das negociações com o Executivo.
Escolas voltam à normalidade
Ontem pela manhã os professores voltaram à sala de aula. A paralisação que começou no dia 12 de agosto terminou na quinta-feira da semana passada. Porém, devido ao Dia Nacional de Lutas que parou o estado no dia seguinte, apenas ontem as atividades voltaram dentro das escolas estaduais.
Pelo menos em algumas escolas. No caso da Escola Estadual Izabel Gondim – de Ensino Fundamental –, os alunos é quem levaram falta. Dos 120 estudantes do turno da manhã – o total é de 360 no colégio –, menos de dez compareceram à aula. Dava para contar nos dedos o número de jovens na única sala de aula na ativa ontem. Para a coordenadora Denise Barbosa, o motivo foi a falta de informação do alunado. “Eles não vieram hoje, acho que porque não acompanharam o fim da greve na mídia”, avaliou.
Durante a paralisação, cinco professores mantiveram suas aulas em dia: História, Cultura do RN, Inglês, Matemática e Ensino Religioso. Os docentes de Português, Geografia e Ciências aderiram à greve. “Foi difícil porque contemplam nossa maior carga horária”, disse a coordenadora, quando às três disciplinas.
A reposição, como orienta a Secretaria de educação, será negociada entre a direção da escola e os professores faltosos. Na Izabel Gondim, por exemplo, uma reunião acontecerá na sexta-feira para decidir como cada docente que aderiu à paralisação cobrirá seus dias sem aulas.
O Governo está certo que ainda esta semana todas as greves em vigor tenham um fim. A que demonstra estar mais perto desse destino é justamente a paralisação dos trabalhadores da Saúde, o movimento que mais longo dentre os demais.
Na manhã de ontem, a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde/RN), Simone Dutra, saiu de onde os servidores se aglomeravam – na casa da governadora – e foi à sede da Sesap, na Avenida Deodoro da Fonseca, buscar um documento assinado pelo próprio secretário da pasta, Luiz Roberto Fonseca e que continha uma proposta do governo para tentar o fim da greve da categoria.
De posse dos papéis assinados pelo secretário, Simone Dutra voltou à casa Ciarlini para apresentar aos colegas de classe o que o governo tinha a oferecer. A principal reivindicação dos servidores é a implantação da tabela salarial elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No documento oficial, a proposta é contemplada. A Sesap assume o compromisso de corrigir a tabela do Plano de Cargos, Salários e Remuneração (PCCR), e implantar a tabela correta, com o internível definido pela diferença de 3% entre os níveis.
A tabela seria resultado do trabalho da comissão do PCCR, que prepararia um Projeto de Lei a ser enviado à Assembleia Legislativa em até 45 dias. O único ponto que traz divergência entre a categoria e o Governo é o longo tempo para a implementação dessa tabela. O calendário proposto pela secretaria prevê o pagamento em março/2014 (nível elementar); abril/2014 (nível médio) e maio/2014 (nível superior).
“Pedimos a correção da tabela, que é referente à Lei Complementar número 333, de 2006. O único problema é o tempo. O prazo de pagamento proposto é muito longo, só acontece a partir de março de 2014”, afirmou a assistente social do Hospital Walfredo Gurgel, Rosália Fernandes, também representante da diretoria do Sindsaúde.
A Sesap justifica que há um estudo sendo realizado sobre o impacto desses reajustes aos cofres públicos. A pesquisa realizada pela Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) só fica pronta em fevereiro de 2014. De antemão, Fonseca diz que o impacto seria de aproximadamente 4,5 milhões por mês.
Entre 20 e 30 manifestantes permanecem com acampamento levantado em frente à casa da governadora do estado. Diariamente passam pelo local 300 pessoas. A proposta é que a estadia na calçada da casa de Rosalba Ciarlini permaneça até o fim das negociações com o Executivo.
Escolas voltam à normalidade
Ontem pela manhã os professores voltaram à sala de aula. A paralisação que começou no dia 12 de agosto terminou na quinta-feira da semana passada. Porém, devido ao Dia Nacional de Lutas que parou o estado no dia seguinte, apenas ontem as atividades voltaram dentro das escolas estaduais.
Pelo menos em algumas escolas. No caso da Escola Estadual Izabel Gondim – de Ensino Fundamental –, os alunos é quem levaram falta. Dos 120 estudantes do turno da manhã – o total é de 360 no colégio –, menos de dez compareceram à aula. Dava para contar nos dedos o número de jovens na única sala de aula na ativa ontem. Para a coordenadora Denise Barbosa, o motivo foi a falta de informação do alunado. “Eles não vieram hoje, acho que porque não acompanharam o fim da greve na mídia”, avaliou.
Durante a paralisação, cinco professores mantiveram suas aulas em dia: História, Cultura do RN, Inglês, Matemática e Ensino Religioso. Os docentes de Português, Geografia e Ciências aderiram à greve. “Foi difícil porque contemplam nossa maior carga horária”, disse a coordenadora, quando às três disciplinas.
A reposição, como orienta a Secretaria de educação, será negociada entre a direção da escola e os professores faltosos. Na Izabel Gondim, por exemplo, uma reunião acontecerá na sexta-feira para decidir como cada docente que aderiu à paralisação cobrirá seus dias sem aulas.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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