Em 11 dias, o jornalista britânico Robert Doughty, 59 anos, conseguiu o que parecia impossível: ficar curado do diabetes tipo 2. O ‘tratamento’ foi uma dieta de baixíssimas calorias: ele só ingeria três doses diárias de ‘shakes’ com uma porção de legumes e vegetais. E era obrigado a beber três litros de água por dia.
Foi o segundo caso no mundo de reversão do diabetes tipo 2, o que voltou a chamar a atenção da comunidade médica para a teoria de que por meio de uma dieta de restrição calórica, feita por um período de tempo, é possível se livrar da doença que afeta 371 milhões.
A dieta radical é de 800 calorias por dia — menos do que um lanche do tipo ‘fast food’. “Não foi nada fácil”, disse Robert à BBC Brasil. “Até caminhar parecia impossível. Também sentia muito frio, em pleno verão, e sentia meus dedos ficarem dormentes”, revelou.
O paciente foi orientado pelo pesquisador Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, autor da teoria da dieta de 800 calorias. Seu médico também deu o aval. Ele só não desistiu porque acreditou no resultado.
“Fiquei relembrando os benefícios de reduzir a glicose no sangue. Portador de diabetes tipo 2 tem 36% mais risco de morrer cedo e grandes chances de ter ataques cardíacos, aneurisma, danos na visão e problemas de circulação que podem provocar amputação de membros, e 50% mais chance de tomar medicação contínua.”
Robert disse que sua maior alegria foi quando o médico disse: “O seu diabetes se reverteu completamente, parabéns!”.
Gordura na barriga é fator de risco
A gordura na barriga, próxima de órgãos como o pâncreas e o fígado, têm uma associação com o desenvolvimento do diabetes tipo 2, verificou o pesquisador Roy Taylor. “Descobrimos que esta gordura provoca uma reação metabólica que dificulta a digestão da glicose pelo pâncreas”, explicou. Ao fazer a relação entre calorias ingeridas, tempo gasto para perder peso e a quantidade de gordura perdida, principalmente na região abdominal, Taylor chegou à teoria da dieta de hiper redução calórica.
A dieta das 800 calorias precisa ser feita com acompanhamento médico, pois há vários riscos. De acordo Taylor, o primeiro passo é saber se o indivíduo está bem nutrido e não possui falta de vitaminas no organismo, principalmente o ferro.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus,
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