Passados cerca de oito anos da ação que resultou nas mortes do então prefeito de Grossos, João Dehon (Dehon Caenga) e do motorista dele, os policiais indiciados pelo ocorrido podem sentar no banco dos réus ainda neste ano.
A expectativa do Ministério Público é que o julgamento do caso seja realizado até o final de 2013. Recentemente, o MP solicitou o desaforamento do júri, pedindo que a sessão aconteça em Natal e não em São Paulo do Potengi.
O MP acredita que o fato do caso ser julgado na capital potiguar pode neutralizar uma possível pressão sobre as pessoas que venham à integrar o corpo de jurado, diante da repercussão do caso e também do suposto corporativismo presente na Polícia.
Atualmente, diante de recursos, os seis policiais indiciados pelas mortes estão em liberdade. Dehon e o motorista foram mortos após disparos efetuados por policiais durante uma alegada abordagem policial em junho de 2005.
Como Aconteceu:
A noite do dia 23 de junho de 2005 ficou marcada por uma ação trágica
que resultou na morte do então prefeito do município de Grossos, João
Dehon, e do motorista dele. Passados oito anos do ocorrido, os seis
policiais indiciados pelo crime ainda não sentaram no banco dos réus.
Para o Ministério Público do Rio Grande do Norte, a previsão é de que o julgamento do caso aconteça ainda neste ano. A expectativa do promotor Cláudio Alexandre de Melo Onofre, da comarca de São Paulo do Potengi, é que o júri popular aconteça até o final de 2013. “O processo está pronto para ser julgado”, afirma.
Segundo Cláudio Onofre, o caso deve ser colocado na pauta de julgamentos do Tribunal de Justiça do Estado logo após o TJRN se manifestar acerca do pedido de desaforamento solicitado por ele. “Depois que a Justiça se posicionar sobre a mudança do local do júri, deverá ser marcada a data do julgamento.”
O promotor explica que o pedido de desaforamento é um procedimento legal que foi adotado como uma medida preventiva. “Verifiquei a necessidade de transferir o júri de São do Potengi para Natal com o fim de neutralizar uma possível influência sobre os jurados”, esclarece.
Para Cláudio Onofre, existe a preocupação de que as pessoas que venham a compor o júri local sejam vítimas do corporativismo policial, visto que os indiciados pelo crime integram a corporação. Ele acredita que a realização de julgamento em Natal seja mais propício para um júri mais técnico. “Aqui (São Paulo do Potengi) há uma grande possibilidade de absolver. Acho mais fácil ter justiça lá (Natal).”
Para o Ministério Público do Rio Grande do Norte, a previsão é de que o julgamento do caso aconteça ainda neste ano. A expectativa do promotor Cláudio Alexandre de Melo Onofre, da comarca de São Paulo do Potengi, é que o júri popular aconteça até o final de 2013. “O processo está pronto para ser julgado”, afirma.
Segundo Cláudio Onofre, o caso deve ser colocado na pauta de julgamentos do Tribunal de Justiça do Estado logo após o TJRN se manifestar acerca do pedido de desaforamento solicitado por ele. “Depois que a Justiça se posicionar sobre a mudança do local do júri, deverá ser marcada a data do julgamento.”
O promotor explica que o pedido de desaforamento é um procedimento legal que foi adotado como uma medida preventiva. “Verifiquei a necessidade de transferir o júri de São do Potengi para Natal com o fim de neutralizar uma possível influência sobre os jurados”, esclarece.
Para Cláudio Onofre, existe a preocupação de que as pessoas que venham a compor o júri local sejam vítimas do corporativismo policial, visto que os indiciados pelo crime integram a corporação. Ele acredita que a realização de julgamento em Natal seja mais propício para um júri mais técnico. “Aqui (São Paulo do Potengi) há uma grande possibilidade de absolver. Acho mais fácil ter justiça lá (Natal).”
Abordagem foi flagrada por câmera
Trechos da ação policial que matou o prefeito João Dehon e o motorista, em Santa Maria, foram gravados por uma câmera de vigilância de um posto de combustíveis. As imagens mostram o momento dos disparos da Polícia, a colisão do carro das vítimas, desgovernado, e o socorro de sobreviventes.
Informações divulgadas na época do ocorrido dão conta de que no vídeo é possível perceber o exato momento da rápida abordagem policial. Dois clarões no escuro mostrariam os disparos feitos pelos policiais e, em seguida, dois funcionários do posto correndo para se proteger do tiroteio.
Ainda segundo relatos da época, em poucos segundos, a Toyota Hilux do prefeito cruzou a BR-304, derrubando duas cercas de uma fazenda e batendo violentamente contra o muro da gerência do posto.
Logo após, uma viatura, que não estava na ocorrência mas passava coincidentemente no local, se aproxima das vítimas. Em seguida, chega a viatura com os policiais envolvidos na abordagem.
A partir daí, o veículo das vítimas teria ficado em um ponto fora do alcance da câmera. A Polícia divulgou na época que tanto o prefeito quanto o motorista foram socorridos ainda no local.
Postado Por:Daniel Filho de JesusTrechos da ação policial que matou o prefeito João Dehon e o motorista, em Santa Maria, foram gravados por uma câmera de vigilância de um posto de combustíveis. As imagens mostram o momento dos disparos da Polícia, a colisão do carro das vítimas, desgovernado, e o socorro de sobreviventes.
Informações divulgadas na época do ocorrido dão conta de que no vídeo é possível perceber o exato momento da rápida abordagem policial. Dois clarões no escuro mostrariam os disparos feitos pelos policiais e, em seguida, dois funcionários do posto correndo para se proteger do tiroteio.
Ainda segundo relatos da época, em poucos segundos, a Toyota Hilux do prefeito cruzou a BR-304, derrubando duas cercas de uma fazenda e batendo violentamente contra o muro da gerência do posto.
Logo após, uma viatura, que não estava na ocorrência mas passava coincidentemente no local, se aproxima das vítimas. Em seguida, chega a viatura com os policiais envolvidos na abordagem.
A partir daí, o veículo das vítimas teria ficado em um ponto fora do alcance da câmera. A Polícia divulgou na época que tanto o prefeito quanto o motorista foram socorridos ainda no local.
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