Embora com índice menor que o registrado no mês anterior (8,56%), em julho deste ano, Fortaleza continuou no topo das inflações mais altas do País, no acumulado dos últimos 12 meses, ao contabilizar aumento de 8,18% para o período, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede oficialmente a inflação no Brasil, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Com o resultado, mais uma vez a Capital cearense mantém o índice acima do teto da meta para o ano estabelecida pelo governo federal, 6,5% - dois pontos percentuais acima do centro da meta (4,5%) - ficando quase 1,7 ponto percentual superior. Na média nacional o índice ficou em 6,24%.
Alimentos pesam mais
Em 12 meses, o que mais impactou positivamente para o desempenho foi o grupo de alimentos e bebidas, cuja variação foi de 15,36%, a maior das 11 regiões pesquisadas pelo IBGE, influenciada pela forte estiagem que assola o Ceará.
Neste grupo, os principais vilões foram a farinha de mandioca (+126,99%), a batata inglesa (+108,84%) e a banana prata (+83,28%).
Já no acumulado de 2013 - de janeiro a julho -, com 3,78% de acréscimo, a inflação calculada para Fortaleza, foi a segunda mais alta encontrada pelo Instituto, perdendo apenas para Recife, que registrou aumento de 4,1% em igual período. Mais uma vez, também foi o grupo de alimentos e bebidas que puxou a elevação dos preços na Capital.
"No índice calculado para Fortaleza, o grupo de alimentos e bebidas tem peso superior a 32%, acima, inclusive, da média nacional, que é de 24%. Como no primeiro semestre de 2013 sofremos mais por conta da seca e, consequentemente, com a elevação dos preços nesse grupo é natural que as variações para o acumulado dos últimos 12 meses e de janeiro a julho deste ano, ainda continuem altas, embora de junho para cá o valor dos alimentos venham caindo. Então, isso só influenciará para a diminuição mas lá na frente", explica a economista e técnica do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Cristina Lima.
No mês
Depois de registrar desaceleração no mês passado, em julho o IPCA na Capital cearense voltou a crescer, anotando elevação de 0,19%, o segundo maior índice entre as 11 áreas acompanhadas pelo IBGE. A maior elevação aconteceu em Curitiba (0,48%).
No sétimo mês do ano as principais influências positivas foram a goiaba (5,88%), a carne em conserva (3,90%) e iogurte e bebidas lácteas (3,71%).
Já as negativas foram anotadas no tomate (-26,21%), na cenoura (-16,05%) e na batata inglesa (-7,85%).
Metodologia
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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