sábado, 13 de julho de 2013

Alcymar Monteiro homenageia Luiz Gonzaga em novo DVD

 
Cearense de Ingazeira, cidade localizada na região do Cariri, alimentada pelo Rio Salgado, conforme registra em verso e melodia um dos seus filhos, o cantor e compositor Alcymar Monteiro, que seguindo conselho de um dos mestres e compadre, Luiz Gonzaga, que conheceu em Recife, também criou a sua marca: só sobe ao palco com roupa e chapéu brancos. Ao conversar com o artista, que inicia projeto - inclui show com mais dois artistas convidados, ainda a definir, na Arena Pernambuco e a divulgação do CD/DVD "Concerto para Gonzaga" - para comemorar os 30 anos de carreira, que acontece no próximo ano, é possível perceber uma de suas principais qualidades: a gratidão.
O sentimento é demonstrado na forma carinhosa com que se refere à cidade natal, afirmando que "o Rio Salgado nos deu de beber", enfatiza, ao defender que o principal patrimônio de um artista é a preservação da sua identidade local.Afeto semelhante é possível perceber em relação ao "Rei do Baião", materializado no trabalho "Concerto para Gonzaga", projeto que reúne a música de Luiz Gonzaga com a Orquestra Criança Cidadã, sob a regência do maestro italiano Vittorio Ceccanti. Idealizado por Alcymar Monteiro, que teve oportunidade de gravar três vezes com o "Velho Lua", o artista canta acompanhado pelas 75 crianças que integram o projeto social, realizado no bairro do Coque, um dos mais carentes de Recife. O projeto levou dois anos para ser concretizado, explica Alcymar Monteiro, completando que a gravação teve como cenário o Teatro Guararapes.

O cantor afirma que o trabalha destaca as músicas mais expressivas da obra de Luiz Gonzaga, citando entre outras, "Asa branca", "Juazeiro", "Assum preto" e "A triste partida". O cantor faz os solos em 13 músicas que integram o CD/DVD, totalizando 17 canções, uma vez que quatro são instrumentais, como por exemplo, "Boiadeiro", "Riacho do navio", "Pagode russo" e "Assum preto". Trabalho cuidados, bem apresentado, o "Concerto para Gonzaga" é uma "justa homenagem" ao Rei do Baião, ressalta o seu criador. Fala sobre a importância do trabalho realizado pelas crianças, definindo ser "uma orquestra de cordas no modelo vivaldiana", analisa o cantor, conhecido como o "Rei do Forró".

A paixão pela música vem de família. Neto de violeiro e sobrinho de sanfoneiro, Alcymar Monteiro começou a cantar aos cinco anos de idade. Mas a música era apenas uma das maneiras que o cantor encontrou para se aproximar da arte, enveredando depois pelo teatro, música, fazendo o curso de Letras. No entanto, a arte musical tocou mais o artista, principalmente, após conhecer, em Recife, Luiz Gonzaga, levando para o mestre ouvir o disco "Ave de arribação".

Era o início de uma amizade, resultando em gravações, tornando-se compadre. Alcymar Monteiro lembra do encontro.

Em tom direto e seco, Luiz Gonzaga perguntou o que o cantor queria com a música. "Você quer se aproveitar ou fazer música?", conta. Como a resposta do jovem artista veio de imediato, o "Rei do Baião" se convenceu de que sua intenção era das melhores para com a música. O temor do oportunismo que Luiz Gonzaga tanto temia, em relação ao forró, ritmo que mistura aboio, cantoria, baião, xote, samba e coco, é sentido, hoje, por Alcymar Monteiro, que defende o "autêntico forró", que não dispensa o zabumba, o triângulo e a sanfona. "O forró se tornou urbano e ganhou uma nova dimensão", observa o artista, que se orgulha de ter passado por diversas fases da evolução tecnológica no que diz respeito à música. "Passei pelo LP, cassete, CD e DVD", enumera, admitindo conviver em perfeita harmonia com as novas tecnologias. Para o cantor, "atualmente, o disco não é mais o fim, mas o meio", afirmando que sempre foi artista de palco, daí não ter sentido os reflexos da mudança no comportamento da indústria fonográfica. Antes, os artistas viviam mais da vendagem dos discos, o que não acontece mais. "Meu público é fiel. Tem gente que me acompanha nesses 30 anos", diz, atribuindo a sua versatilidade. O repertório inclui cantorias, vaquejadas, frevos e outros ritmos da música do Nordeste, região que detém uma cultura plural.

Fala com prazer de ter suas músicas gravadas por cantores como Luiz Gonzaga, Fagner, Alceu Valença, Dominguinhos, Sivuca, Jair Rodrigues, Zé Ramalho e Elba Ramalho.

Ao longo das três décadas de carreira, o artista contabiliza 86 trabalhos, dos quais 80% são de sua autoria, afirmando sempre trilhar pelos caminhos e veredas daquilo que chama de "autêntico forró". O cantor começou sua carreira nos anos 1970, no programa de calouros do apresentador da extinta TV Ceará, Augusto Borges, em Fortaleza. Esclarece que o forró tem raízes no samba, sendo na sua opinião uma síntese da miscigenação do povo brasileiro com influências ibérica, negra e indígena. No entanto, destaca a porção afro do ritmo e reitera: "O forró é uma música negra", diz, justificando os seus criadores, no Nordeste, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro serem negros.

Alcymar Monteiro fala sobre sua saída de Ingazeiras, terra do artista plástico Aldemir Martins, de quem fala com carinho. "Ele nunca voltou a Ingazeiras", lembra, diferentemente de Alcymar Monteiro que mantém contato com a sua terra natal. "Sempre volto lá. A cidade conserva a sua brejeirice e os meninos ainda brincam de esconde-esconde", ri, enquanto fala sobre a importância do pertencimento. Aliás, o artista sentiu na pele essas questões, à primeira vista, subjetivas, mas que se tornaram reais em alguns discursos que ouviu, durante o tempo em que viveu em São Paulo, de 1975 a 1985.

Conforme o artista, foi inevitável o convívio com essas diferenças: "Foi bom porque São Paulo é uma máquina que destrói realidades de frente", destaca. Conta que, certa vez, em uma gravadora, ouviu que sua voz "tinha um sotaque muito nordestinado", conta, acrescentando que foi quando descobriu que "a autenticidade é a maior bandeira do artista, seu maior legado. Foi quando viu também que estava no rumo certo.

Considera-se um dos representantes do "forró brasileiro", sua música já cruzou o Atlântico, realizando shows no Festival de Montreaux, Suíça, em 2001, gravou disco em espanhol e em 2005 concorreu ao Grammy Latino.

O primeiro DVD foi gravado em 2006. Alcymar Monteiro fez parte da chamada geração "Pessoal do Ceará" que assim como Fagner, Ednardo e Belchior teve de virar "ave de arribação", migrando para São Paulo. Nos dias atuais, o artista não precisa mais sair para tentar a carreira no eixo Rio-São Paulo. A desvantagem dessa nova realidade, na sua opinião, é a falta de um controle de qualidade, justificando ter ficado fácil gravar. Naquela época, era preciso o crivo do diretor artístico de uma gravadora.

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança