Apesar da intenção do Governo do Estado de se tornar sócio simbólico da refinaria Premium II, nenhum passo em direção a essa possibilidade foi tomado - ou pelo menos anunciado - após o encontro realizado, na tarde de ontem, entre o governador Cid Gomes e a presidente da Petrobras, Graça Foster.Momentos após a reunião, finalizada no início da noite, no Rio de Janeiro, o governo estadual se limitou a publicar uma nota afirmando que "no encontro, Graça Foster ressaltou a expectativa de ter o projeto aprovado até o fim de julho". A previsão da estatal já havia sido anunciada em março último, na apresentação do Plano de Negócios 2013-2017 da companhia.
Anúncio só oficialmente
A assessoria de comunicação do Governo do Estado informou que possíveis decisões firmadas ontem deverão ser anunciadas pela própria Petrobras, de maneira oficial. Além do governador cearense e da presidente da estatal, participaram da reunião o diretor de abastecimento, José Carlos Cosenza, e o gerente executivo de novos negócios da Petrobras, Ubiratam Clair.
Na manhã de ontem, durante solenidade para a implantação de sistemas de abastecimento de água no Interior, o governador reiterou querer participar como sócio da Premium II para "atuar mais com legitimidade no encaminhamento, no correr, na antecipação das fases q estão previstas para a refinaria".
Um em 20
Cid destacou que, para a Petrobras, a refinaria é "um em 20 grandes projetos". "Para o Ceará, a refinaria é ´o´ projeto. Então, (como sócio) posso dar mais atenção, e é isso que vou procurar com a Graça Foster", disse, acrescentando que, devido ao valor elevado da unidade, o Estado só poderia ser sócio simbólico.
Ele ressaltou ainda que a presidente Dilma Rousseff já lhe afirmou que "não havia problema" em o Estado firmar sociedade com a Petrobras para a instalação da refinaria. Cid também relembrou que a Petrobras e a empresa coreana GS Energy Corporation assinaram um protocolo de intenções para a elaboração de estudo para a Premium II.
Prevista para ser instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), a Premium II poderá ter sua planta industrial de refino alterada. O que seria uma refinaria com capacidade para processar 300 mil barris de petróleo, por dia, deverá ser dividida em três módulos, com produção diária de 100 mil barris.
Se isso ocorrer, a construção do empreendimento será segmentada - implantada em partes. Desse modo, o empreendimento não deverá mais ocupar, totalmente os 1.954 hectares de área cedidos pelo Governo do Estado a Petrobras.
Expectativa
Conforme o Governo do Estado, a expectativa é que 63,5% da produção da refinaria seja de óleo diesel 10 ppm (partículas por milhão). O restante seria distribuído em nafta petroquímica (15,3%), querosene de aviação (12,6%), coque (2,8%) e óleo bunker (1,6%).
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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