
A taxa de inadimplência do consumidor potiguar encolheu em abril, quando ficou em 4,8%, ante 12,4% registrados no mesmo período do ano passado. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no Rio Grande do Norte e foram divulgados esta semanaSegundo o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal e diretor do SPC no estado, Augusto Vaz, os números de abril mostram um ritmo mais lento da expansão da inadimplência após o pico registrado no mês de fevereiro, quando a taxa chegou a +16%. No primeiro quadrimestre do ano, a inadimplência acumulada foi de -3,1%, no mesmo período do ano passado o primeiro quadrimestre fechou em -12%.
A atual taxa registrada no estado é considerada “saudável”, explica Augusto Vaz, uma vez que se percebe que as dívidas de menor porte – até R$ 50,00 – que respondem pela maior parte dos casos do SPC, estão sendo pagas. “As dívidas básicas estão sendo quitadas. O problema seria se estivessem crescendo tanto as de grande porte, quanto estas menores”, afirma Vaz. Para o SPC, dívida é atraso de pagamento.
Consumo
A redução da taxa, que em princípio mostra-se como favorável, uma vez que mais pessoas estão com o nome “limpo” na praça, tem entre as possíveis causas uma pequena retração no consumo do norte-riograndense, segundo analistas do setor. “Como havia menos crédito e a conjuntura econômica atual requer cautela, se consumiu menos e com isso as dívidas básicas foram quitadas”, acrescenta o diretor do SPC.
O economista e coordenador do curso de Gestão Financeira da Universidade Potiguar (UnP), Janduir Nóbrega concorda: “A inadimplência não caiu porque o consumidor está pagando mais à vista e sim porque o poder aquisitivo está menor, com isso há menos compras parceladas”.
O acumulado no quadrimestre, explica Nóbrega, que tem uma taxa negativa (-3,1%) reforça a perda no poder de compra.
Em geral, o período de janeiro a abril de cada ano é marcado pelo pagamento de contas regulares como IPVA, IPTU, colégio, além de outras débitos adquiridos no final do ano anterior e pagas ao longo do primeiro semestre.
O SPC não divulga os valores absolutos de dívidas e nem o número de inadimplentes. A taxa de inadimplência é medida pela quantidade de pessoas ativas no cadastro de Serviço de Proteção ao Crédito e a variação de quantas entraram ou saíram da restrição ao crédito no período avaliado.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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