13% saíram do SPC no 1º trimestre

 
Baixo nível de desemprego e aumento da renda foram responsáveis pela recuperação do créditoDos 13,3% consumidores cearenses que saíram da lista do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) no primeiro trimestre deste ano, mais da metade está em idade produtiva, entre 30 e 49 anos, afirma o superintendente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Antônio Carlos Rodrigues.Deste total, 28,18% têm entre 30 e 39 anos e 22,7% estão com idade entre 40 e 49 anos. Os números, calculados em comparação com igual período do ano passado, indicam que 57,47% é do sexo feminino. Das regularizações, 39% eram referentes a dívidas de R$ 100 a R$ 500 e 29% resgataram compromissos acima de R$ 500.Dentre os principais motivos que aumentam a capacidade de pagamento, destaca Antônio Carlos, estão os baixos índices de desemprego e o aumento real da renda. "O primeiro princípio é o emprego. O pleno emprego é o grande inibidor da inadimplência. Ninguém deseja comprar e não pagar. À vezes não consegue por vários motivos", argumenta.Em contrapartida, 4,6% dos consumidores cearenses foram incluídos na lista do SPC no primeiro trimestre deste ano na comparação com igual período de 2012 - sendo 57,2% deste total do sexo feminino.Em relação a faixa etária, 28% dos novos inadimplentes são pessoas de 30 a 39 anos e 22% tem entre 40 a 49 anos. "A informação de quem entra não é diferente da quem sai", destaca, reforçando que a faixa etária de quem foi incluída também são de pessoas em idade produtiva. 
Como renegociarPara quem deseja renegociar as dívidas, o economista da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, afirma que, primeiro, é preciso organizar todas as cartas de cobrança e separar por dívida. "Normalmente, várias empresas de cobrança ligam por conta de uma dívida. Por isso é preciso separar por comunicação, número da dívida, para saber quanto se deve", diz.Depois de organizar o orçamento familiar e cortar gastos supérfluos, é preciso buscar a renegociação. Se já houver uma proposta, pode começar a estudar o que fazer.Carlos Henrique recomenda que o pagamento da renegociação seja feito no menor tempo possível - e a primeira seja a dívida de valor mais alto.Depois do primeiro "sacrifício", o devedor deve seguir com a renegociação e pagamento de outra dívida."O consumidor não deve se sentir constrangido diante do credor e deve usar de sinceridade, pois, se ele não honrar com o compromisso, estará inadimplente de novo. Ele deve dizer claramente com quanto pode arcar por mês", comenta.Neste período, o economista recomenda que não sejam feitas novas compras parceladas."Nesta etapa de negociação, se o consumidor tiver uma poupança, ele deve tirar para pagar a dívida. Poupança se reconstrói. No momento, a reputação para o crédito é muito mais importante", afirma.Em todo o País, os consumidores com mais de 40 anos foram identificados como os mais inadimplentes, com 55,4% dos CPFs negativados em março, conforme o SPC Brasil e a CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas).Dos inadimplentes, 21,61% tem entre 30 e 39 anos, 11,61% entre 25 e 29 anos e 11,38% até 24 anos. (GR) 
 Postado Por:Daniel Filho de Jesus