
O ex-goleiro Bruno de Souza tinha tanta certeza que seria absolvido que encomendou à avó dele, Estela de Souza, de 82 anos e que o criou, o cardápio da comemoração.
Mas o frango com quiabo azedou com a condenação de 22 anos e três meses de prisão. Acusação e defesa de Bruno ficaram insatisfeitas e buscam recursos.Segundo o promotor Henry Wagner Vasconcelos, Bruno fica pelo menos mais cinco anos preso, entretanto ele vai buscar aumentar a pena para um patamar entre 28 e 30 anos de detenção, o que obrigaria Bruno a ficar preso mais sete.
“A pena foi muito abaixo do esperado para quem cometeu um crime como o dele”, avaliou Henry.
Segundo os advogados do ex-goleiro, Bruno já deveria ter direito de pedir progressão de regime e, com isso, trabalhar e passar fins de semana com a família.
Pedido de anulação
A defesa já recorreu e pediu a anulação do julgamento, alegando que sumiram documentos do processo e que solicitavam prisão domiciliar, o que deveia adiar o júri. Pela contas dos advogados, se a condenação for mantida, Bruno sairá em três anos.
Pouco habituado ao banco de reservas quando era ídolo e capitão do Flamengo, Bruno contou com o apoio irrestrito da mulher dele, Ingrid Calheiros, durante os dias em que passou no banco dos réus.
Ela chegou a ser alvo do promotor Henry Wagner que, ao ler uma carta de amor de Bruno para a ex-namorada Fernanda, olhava diretamente para a dentista.
“Resolvi isso com o Bruno há dois anos e oito meses. Eu o perdoei e coloquei uma pedra neste assunto. Não me importa o que passou, só que ele é meu marido agora”, rebateu.
Hipertensa e idosa, Estela de Souza passou os dias do julgamento proibida de ver TV para não se emocionar. O resultado deixou a avó do ex-goleiro triste e ela chorou muito.
Há dias sem comer, Bruno diz que "tirou peso das costas" após júri
Bruno ficou "aliviado" após admitir participação no crime. Quem garante é a mulher dele, Ingrid Calheiros, que revelou ao DIA as sensações vividas pelo goleiro antes e após a sentença. “Queria tirar esse peso.
Não importa o resultado, minha consciência estará tranquila porque fiz o que tinha que fazer”, desabafou o jogador para a dentista.
Ingrid disse ainda que Bruno ficou muito emocionado no banco dos réus: “Ele disse que começou a lembrar de tudo o que aconteceu. Quis segurar o choro, mas não conseguiu. O Bruno passou dias sem comer direito, muito tenso, mas agora disse que vai voltar a dormir”, contou ela.
Ingrid disse ter incentivado Bruno a contar o que sabia. “Falei que estava muito orgulhosa dele e que, independentemente do que aconteceu, ele cumpriu a sua missão”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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